O presidente Lula assina nesta quarta-feira (6) um decreto que reformula o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Criado em 1999, a lei previa protagonismo civil no setor, como nas maiores democracias do mundo. Mas, na prática, os militares sempre tutelaram a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O Sisbin, atualmente, é um órgão com pouca credibilidade. As áreas de inteligência das 49 instituições que integram o sistema têm receio de compartilhar informações pela vulnerabilidade com que as informações são tratadas.
Na tentativa de golpe de 8 de janeiro, os informes de inteligência foram difundidos pelo WhatsApp, o mesmo canal que as nossas avós mandam mensagem de “bom dia”. O novo Sisbin vai criar um sistema de comunicação seguro, com criptografia de Estado, como o das urnas eletrônicas.
Desta maneira, a troca de informações entre os 49 integrantes do sistema vão se dar em um ambiente seguro, em uma plataforma digital e um aplicativo de comunicação, que garantirão a rastreabilidade dos documentos compartilhados. Outra novidade é que haverá níveis de acesso. Um especialista da área conta que hoje é uma bagunça.
Fonte: G1