Presidentes do STTAR Petrolina e Juazeiro se reúnem com empresários para um acordo coletivo

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Uma negociação entre trabalhadores e empresa com o intermédio do sindicato para discutir normas que serão acolhidas entre ambas as partes. É com esse objetivo que os Sindicatos dos Trabalhadores Assalariados Rurais  (STTAR) de Petrolina e Juazeiro irão se reunir com as principais empresas da hortifruticultura do Vale do São Francisco, na próxima segunda-feira (21). Em entrevista ao Programa Nossa Voz, os presidentes dos STTAR das duas cidades informaram que será a quinta reunião para firmar os anseios almejados pela classe assalariada. 

“São convenções unificadas onde os sindicatos buscam trazer a conquista de direitos da classe trabalhadora, é isso que estamos fazendo ao longo dos anos. Infelizmente, é a quinta rodada, e não estamos vendo avanços. Enquanto dirigentes sindicais, estamos angustiados por saber e não entender como a classe patronal vem nessa frieza de não querer negociar e trazer o que é de melhor para a nossa categoria”, contou Leninha, atual presidente do STTAR Petrolina. 

Ela informou que um dos principais motivos de não haver uma aprovação da pauta sindical por parte da patronal, é por conta das chuvas que estão abalando o setor produtivo. “Não podemos colocar as perdas na conta do trabalhador, toda empresa sabe que se deve organizar para deixar fundos e fazer investimentos na empresa. Quando a gente fala da cesta básica, que algumas empresas já dão, a gente quer que todas façam isso […]Não estamos pedindo muito, estamos pedindo o necessário para que o nosso trabalhador possa sobreviver”, destacou. 

O presidente do STTAR Juazeiro, José Manoel, abordou dados sobre os ganhos com o mercado de frutas e  o quanto isso se deve ao trabalhador. “São cerca de 100 mil empregos gerados no Vale do São Francisco no setor da hortifruticultura, ele movimenta em torno de 2 bilhões por ano na economia na região  […] No momento da negociação coletiva os empresários, ao invés de apreciarem a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras, eles trazem uma pauta para contrapor a nossa luta”, informou.