Apesar das andanças separadas, todos os integrantes da oposição pernambucana reconhecem que a unidade é fundamental na disputa pelo Governo de Pernambuco no próximo ano. Ao analisar o quadro durante o Nossa Voz desta quarta-feira (10), Priscila Krause assumiu a legitimidade das pré-candidaturas de Miguel Coelho, Raquel Lyra e Anderson Ferreira, mas reforçou a importância da união em torno do projeto mais viável politicamente. A deputada estadual também rechaçou as especulações que relacionavam a sua saída do DEM ao ingresso do prefeito de Petrolina na legenda.
“Eu acredito na legitimidade sim desse nomes que estão colocados, o nome de Miguel, o nome de Anderson, o nome de Raquel, são todos legítimos. Acredito que o próximo governador ou governadora sairá desses três nomes, porque são os melhores quadros, independente das afinidades maiores com A, B ou C ou de compreensão de processo. Tem isso, é a compreensão de como esse processo deve se dar de escuta, de percorrer o Estado, de maneira que é absolutamente natural que se tenham as pré-candidaturas postas e o importante é a gente trabalhar para que haja diálogo, união, estratégia comum das oposições. Isso pode fazer a diferença no resultado eleitoral”, ponderou.
Sobre o posicionamento do presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, após a confirmação da sua saída, Krause assumiu ter estranhado a reafirmação da pré-candidatura de Miguel ao governo do estado. “Eu li a nota do presidente Mendonça Filho, e eu volto a reafirmar o meu respeito, mas não só o meu respeito, a minha amizade. (…) Nós sempre estivemos juntos, do mesmo lado e com uma certa convivência que veio lá ainda dos nossos pais. A nota era o que eu esperava, eu também divulguei uma nota. Só me chamou atenção a reafirmação da pré-candidatura de Miguel, uma vez que absolutamente nada foi questionado em relação a isso. O assunto tratado foi a minha desfiliação diante da fusão do partido. Mas aí entendi que acho que ele queria dizer que as coisas continuavam, tudo no mesmo script, só não mais com a minha presença”, amenizou.
Questionada por uma ouvinte se reconhecia as credenciais do prefeito de Petrolina para a disputa ao governo, a deputada estadual voltou a destacar a legitimidade e desvencilhar a saída do DEM à filiação de Coelho. “Não tenho dúvida que todo esse contexto da cidade de Petrolina, da gestão que foi feita com Miguel Coelho à frente o legitima para ser candidato a governador. Não tenho dúvida nenhuma e o tempo inteiro isso foi reconhecido. O que a gente está tratando aqui é de uma decisão partidária minha, militante de partido de 27 anos e que esse partido não existe mais. O que motivou a minha saída foi exatamente isso, a fusão entre o Democratas e o PSL e o Democrata deixa de existir. Então, eu não estou mais no meu partido, eu estaria em um partido em que eu não fui consultada. Eu tenho certeza de que quando o prefeito Miguel Coelho entrou para o Democratas, ele escolheu, ele ponderou outros partidos para ir. Eu não tive essa oportunidade em relação a fusão. A fusão foi imposta pela direção nacional do partido”.
Pregando a condução civilizada, jogo limpo e a dispensa de projetos pessoais, Priscila Krause reforça a confiança na unidade das oposições pernambucanas. “Essa legitimidade todos os três tem, todos os pré-candidatos tem. Tem Miguel, tem Raquel e tem Anderson. Precisa, quem vai ser, [agir] de uma maneira civilizada, porque os nossos adversários estão do outro lado, mas quem estará dentro do jogo político limpo, quem estará em melhor posição e com uma expectativa de vitória dentro dessa eleição. Isso tem que obedecer uma estratégia eleitoral coletiva para Pernambuco e não projeção individual para o futuro. E acho que todos os três têm essa consciência, até porque todos os três têm essa consciência, porque são prefeitos bem avaliados, reeleitos e queridos por seu povo, sua região”.