Professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, após se reunirem em assembleia geral, nesta quinta-feira, 4.
Foram 141 votos a favor da paralisação imediata. A categoria ainda vai deliberar os próximos rumos da greve. A decisão começa a valer a partir da próxima segunda, 8.
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), mesmo após uma reunião com o governo na quarta, quando foi apresentada uma proposta como parte das reivindicações, a avaliação da categoria é de que nenhuma proposta concreta foi apresentada.
A Aduneb ressaltou ainda que, conforme a lei, a greve só começará 72h após a decisão tomada nesta quinta. Dentre as exigências, estão o respeito aos direitos trabalhistas.
Com a greve, todos os 24 campi da instituição no estado estarão fechados até que haja uma negociação com o governo e as demandas sejam atendidas.
REIVINDICAÇÕES DOS PROFESSORES E ESTUDANTES DA UNEB
Professores
- Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Atualmente esse índice é de aproximadamente 5%;
- Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA;
- Reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017;
- Cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho. Atualmente, mais de 400 professores possuem seus direitos à promoção negados pelo Estado;
- Ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.
Estudantes
- Exigência do programa acompanhamento de saúde mental dos estudantes;
- Exigência do repasse integral dos recursos da Uneb;
- Construção do Restaurante Universitário;
- Continuar atendimento comunitário pelo DCV;
- Segurança patrimonial e do campus com iluminação pública e recontratação dos seguranças demitidos;
- Transparência e prestação de contas;
- Exigir política efetiva de permanência e Assistência Estudantil;
- Reabertura imediata do Edital do Programa Mais Futuro, com pagamento de bolsas no período de férias;
- Melhoria da acessibilidade no campus;
- Abertura de concurso público para contratação de professores e técnicos;
- Construção da creche do campus. (fonte: atarde.uol.com.br)