Conviver com alguém com Transtornos de Espectro Autista (TEA) não é simples. As atividades do dia a dia, por exemplo, ficam mais complicadas, em especial para os pais e responsáveis por crianças que nasceram com o TEA. Durante as crises fica difícil até esperar em uma fila de banco, de supermercado ou até mesmo na sala de espera de um consultório.
Mas em Petrolina-PE, o Projeto de Lei nº 011/2019, de autoria dos vereadores Maria Elena Alencar (PRTB), Osinaldo Souza (PTB) e Rodrigo Araújo (PSC), quer incluir nas prioridades dos atendimentos preferenciais, nos órgãos públicos e privados, as pessoas com Transtornos de Espectro Autista e reservar vagas em estacionamentos públicos e privados.
Para Maria Elena o projeto é um avanço e um reconhecimento do TDA como um problema de saúde que requer respeito e, por isso, precisa ter um tratamento diferenciado. ” Nós sabemos que a cada 100 pessoas que nascem, uma é autista. (…) É um problema silencioso. Quando eles não estão em crise, não é de fácil identificação. A aprovação desse projeto significa uma conquista na luta por políticas públicas para esse público”, finalizou a vereadora.
TDA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. Entre elas estão dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leves à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social. (com informações Dr. Drauzio Varella/UOL)