(Foto: Katellyn Tavares/ GRFM)
Segue em pauta a mobilização dos representantes do comando de greve dos servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Campus Sede, em Petrolina. Nesta terça-feira (25), o reitor Telio Nobre Leite, concedeu entrevista ao programa Nossa Voz e destacou pontos e nuances sobre a mobilização que teve início na sexta-feira (10/05). A decisão foi votada em assembleia realizada na última quarta-feira (19), onde 90% dos servidores rejeitaram a proposta e decidiram manter a greve, que ultrapassa 50 dias.
“Ainda não recebemos nenhum comunicado oficial sobre o encerramento, as informações até o momento é que a assembleia dos técnicos administrativos da Educação da Univasf vão aguardar até hoje com o comando nacional de greve e o governo os pareceres provavelmente para colocar no papel os termos do acordo que foi discutido na última reunião na mesa de negociação. A uma avaliação com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, e o Sindicato que tem a base entre os professores e os técnicos já sinalizaram que assinaram o acordo e os Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) – se o governo confirmar tudo isso sinaliza o final da greve”, abordou Nobre.
Na ocasião, o representante da Univasf, em entrevista, exemplificou as respostas em pontos abordados como forma de esclarecer a comunidade acadêmica e toda a população:
Processos administrativo e acúmulo dos serviços:
“Os nossos professores não aderiram à greve, aqui na Univasf de Petrolina as aulas seguiram normalmente. Temos uma boa relação com a classe técnica e evidentemente os processos. Já as demandas que ficaram acumuladas nesse período, eles serão repostos, todo esse trabalho acumulado, a gente espera a sinalização do movimento grevista para discutir essas questões das atividades e regularizar as demandas”, contou Leite.
Liberação de recursos PAC para Univasf:
O nobre reitor falou dos investimentos e do futuro das residências e seus investimentos com o Governo Federal – “Na segunda semana de junho, no dia 10-06, tivemos uma reunião com o presidente Lula em Brasília sobre o novo PAC para as universidades com recursos e investimentos, onde ele anunciou que soubemos dois, três dias depois ele anunciou o montante da lista para a Univasf. Duas obras foram indicadas: para o Campus Salgueiro, bloco acadêmico na ordem de 16 milhões de reais, para o Campus Senhor do Bonfim (BA) com laboratório, havia a expectativa da sinalização na ordem de 9 milhões e meio a dez milhões. Havia a expectativa para Serra da Capivara e São Raimundo Nonato, mas ficou de fora e pedimos e já comunicamos ao MEC pedindo reconsideração. Quando a gente usa o recurso, aparece mais, foi o próprio presidente quem disse. A gente tinha uma expectativa das residências estudantis, mas ainda não entraram com recursos. Vamos fazer nossa parte e continuar com a expectativa de recursos para os próximos anos. A expectativa é estar com as obras licitadas até o ano que vem”.
Apelo ouvinte com relação saúde – Hospital Universitário
O programa que dá Vez e Voz à população, ouviu o clamor de João Mariano do Nascimento Filho, residente no bairro Rio Corrente, que fez um apelo. “Precisamos de mais médicos residentes. Eu já sou da terceira idade, quem ganha salário mínimo não tem condições de ficar pagando, é preciso que o hospital olhe com mais cuidado para o agente. Tenho também vários conhecidos nessa condição de espera. A gente liga pedindo agendamento e só fala em lista de espera para a gente. Estou pagando tudo particular, preciso de uma cardiologista, sofro com problemas de saúde, e pago o que posso particular. Em resposta, O professor Télio esclareceu – “A gente tem uma série de programas de residências médicas como, saúde da família, cardiologia, e pelo o que entendi, essa residência em cardiologia não é focado no Hospital Universitário no campo prático de saúde. A referência em cardiologia, a maioria dos leitores é no Hospital Pró-Matre de Juazeiro (BA). O foco é lá. Claro que aqui tem algumas especificidades como dificuldades nesse tipo de residência. A gente tem feito reuniões com a coordenação e equipe de atenção à saúde, ensino e saída, para termos mais leitos para o nossa unidade. A gente espera estar sanando essa demanda ao longo dos meses”.
Programa MEC – Povos Indígenas e Quilombolas
“Recebemos mais de 19 bolsas além das que estavam implementadas. Há um compromisso do Governo Federal através do Ministério da Educação que todos os estudantes devem estar contemplados na Bolsa Permanência, com esse auxílio financeiro. Esse foi o objetivo da reunião no dia 10 de junho com o presidente e o ministro. Isso é importante pois contribui com a permanência dos nossos estudantes aqui e ajuda na educação superior, e na força histórica dos menos favorecidos, informou o gestor.
Outras informações – [https://portais.univasf.edu.br/noticias/univasf-recebe-19-bolsas-para-programa-bolsa-permanencia-do-mec]
Projetos
“Na última segunda-feira (17), participei na Justiça Federal em Paulo Afonso (BA) de uma audiência de conciliação em que há uma expectativa muito positiva que em dois no máximo três anos que a Univasf tenha seu segundo Hospital Universitário na cidade. Paulo Afonso tem um curso de medicina, desde o início lá em 2014 é esse hospital assumindo e administrado pela Prefeitura da cidade, que durante o período avançou bastante, mas nos últimos quatro anos ficou paralizado com dois processos judiciais, um processo federal e outro movido pela própria Prefeitura para que a Univasf através da EBSERH fizesse a administração deste Hospital. Assinamos lá foi o encerramento desses processos. O Governo da Bahia ficou responsável por construir um novo Hospital para a região, já que a reforma não traria grandes ganhos para a população, e nisso o recurso está sendo depositado em juízo pela Chesf para realizar essa obra quase 50 milhões de reais para iniciar essa obra, quando estiver concluída o estado transferirá esse patrimônio para a Univasf e através de um contrato de gestão partir para administração dessa unidade de saúde. E também dentro do próprio recurso do PAC que precisa de ampliação para a gente integrar bem a rede PEBA, melhorias de forma a superar esse gargalo. Temos uma terreno entre a reitoria e o HU para expandir esse hospital na nossa cidade”, explicou o reitor da Univasf de Petrolina, Telio Nobre Leite.