Era manhã de quarta-feira, 13 de agosto de 2014. Chovia em Santos, e as temperaturas estavam abaixo do habitual para a cidade no litoral paulista. Há dez anos, esse era o cenário no momento da queda do avião ocupado por Eduardo Campos, então candidato à presidência. O acidente resultou na morte do político e de outros seis tripulantes, além de ter destruído casas e empreendimentos ao redor.
A aeronave Cessna 560XL Citation Excel, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá (SP). O avião caiu em um terreno baldio, cercado por comércios e prédios residenciais, no bairro Boqueirão, em Santos.
Em um primeiro momento, moradores que ouviram o barulho da explosão começaram a especular e criar teorias sobre o que teria acontecido. “Pensava que era um asteroide. Estava lendo a bíblia, pensei que era o final dos tempos”, afirmou ao g1 um comerciante à época.
Enquanto isso, a poucos quilômetros de distância do ponto de impacto, a informação era de que a aeronave com o candidato à presidência havia acabado de arremeter [abortar a aterrissagem] em Guarujá devido ao mau tempo.
Pouco tempo depois da arremetida, a aeronave perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo. Depois disso, não demorou muito para a confirmação: Havia caído o avião que transportava Eduardo Campos.
Além de Eduardo Campos, morreram no desastre: Alexandre Severo e Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho, assessor; Pedro Valadares Neto, assessor e ex-deputado federal; Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.
Os destroços da aeronave atingiram outras residências vizinhas ao terreno onde caiu. Dez pessoas tiveram ferimentos leves e precisaram ser levadas a hospitais da região, sendo liberadas em seguida.
Fonte: G1 Santos