Recorde de frio e calor intenso: Inverno em Petrolina apresenta variações de temperatura históricas

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O inverno de 2024 em Petrolina foi marcado por condições climáticas extremas que influenciaram diretamente a vida dos moradores e a produção agrícola da região. Observações feitas na Estação Meteorológica Automática do Laboratório de Meteorologia (LABMET) da UNIVASF revelam que, entre 1º de junho e 25 de agosto, a cidade experimentou tanto a temperatura mais baixa dos últimos 20 anos quanto picos de calor significativos.

No dia 21 de julho, às 5h26min, Petrolina registrou 13,2°C, a temperatura mais baixa desde 2004, e possivelmente uma das menores já registradas na cidade. Na zona rural, a situação foi ainda mais extrema. Na Fazenda Timbaúba, a estação meteorológica da EMBRAPA Semiárido registrou 12,2°C no mesmo dia. Esses valores destacam a intensidade do frio deste inverno, algo incomum para a região.

Por outro lado, o calor intenso também esteve presente. No dia 12 de agosto, a temperatura chegou a 36,1°C às 14h59min, e a umidade relativa do ar caiu para 16,6% no mesmo dia, níveis que são críticos para o bem-estar da população. Além disso, o período foi caracterizado por um regime de chuvas irregular. Em junho, houve apenas 3,2 mm de precipitação, enquanto julho apresentou um volume mais significativo, com 28,4 mm, concentrados em um único dia, 9 de julho, quando choveu 24,8 mm. No entanto, agosto praticamente não registrou chuvas, acumulando apenas 0,4 mm ao longo do mês.

Esse cenário de variações extremas e pouca chuva trouxe desafios para a agricultura, especialmente para a colheita de uva. A presença constante de nuvens impediu a passagem da radiação solar necessária para o amadurecimento dos frutos, o que pode resultar em atrasos na colheita, afetando a produção e os prazos de exportação.