A Rede ICT Nordeste, uma iniciativa em parceria com o Consórcio Nordeste de Governadores e as instituições de ciência, tecnologia e inovação da região deverá ser formalizada nos próximos dias.
No encontro, ocorrido nesta quarta-feira (24), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) com reitores dos Institutos Federais nordestinos e representantes da Andifes e da Abruem, foi discutida a elaboração do plano de trabalho.
Um dos papeis da Rede ICT Nordeste, além de integrar todas as instituições de ciência, tecnologia e inovação do Nordeste, é alinhar pesquisas e iniciativas dessas instituições às missões da Nova Indústria Brasil (NIB) e às cadeias produtivas da nossa região.
“Estamos reafirmando o papel dessas instituições, articuladas para o diálogo com os demais atores político-institucionais presentes na região, para a promoção do desenvolvimento regional. Queremos tornar o Nordeste mais competitivo, aproveitando a janela de oportunidades a partir da neoindustrialização”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
Eixos trabalhados
São eixos da nova política industrial brasileira as cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética; o complexo da saúde (CEIS) resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades.
Além disso, também fazem parte a transformação digital da indústria para ampliar a produtividade e a bioeconomia, descarbonização; transição energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras; e tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.
A Rede será constituída a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Sudene, o Consórcio Nordeste e as universidades federais, estaduais e os institutos federais.
“Esse é um modelo muito especial, que não tem similar em outras regiões do País. A Rede ICT Nordeste traz a visão do desenvolvimento regional e deve ser construída de forma pactuada com todos os atores políticos-institucionais nordestinos”, destacou o reitor Josealdo Tonholo, da Universidade Federal de Alagoas.
A princípio, os integrantes devem trabalhar em um mapeamento das pesquisas em curso nas instituições de ciência e tecnologia da região alinhadas com as missões da NIB.
O passo seguinte será a elaboração de uma agenda de pesquisas a partir das necessidades da região baseada na inovação.
Fonte: Folha de Pernambuco