O Conselho de Ética do PSB decidiu, nesta segunda-feira (15), abrir um processo disciplinar contra os 11 deputados do partido, incluindo Felipe Carreras (PE), que votaram a favor da reforma da Previdência. Essa é a primeira etapa do processo que pode levar, no limite, à expulsão dos socialistas por não terem seguido o fechamento de questão contra a proposta orientado pela legenda.
Além de Carreras, os deputados Átila Lira (PI), Emidinho Madeira(MG), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho(SP) Rodrigo Coelho (SC) Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES) deram votos favoráveis à reforma.
Com a abertura do processo, os parlamentares serão ouvidos pelo Conselho de Ética, que é formado por três membros titulares e três suplentes. O presidente do conselho, Alexandre Navarro Garcia, e os outros dois titulares Rafael de Alencar Araripe Carneiro e Tadeu Sávio Souza de Lira, esse último é representante do Diretório de Pernambuco, serão responsáveis por conduzir o processo. Ele foi aberto depois que seis segmentos sociais do partido entregaram uma representação contra os socialistas pró-reforma ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Após ouvir os deputados, o colegiado concluirá o processo recomendando qual será a punição aos deputados e encaminhará ao Diretório Nacional, que é o responsável por decidir o futuro dos parlamentares. Entre as punições previstas, estão a advertência, censura pública, suspensão por 12 meses, cancelamento da filiação ou a expulsão da sigla. A decisão deve aguardar a votação do segundo turno da reforma, marcada para o fim do recesso parlamentar, em agosto. (com informações Jamildo)