Reitor da Univasf rebate críticas de vereadores e diz que contas ‘são abertas’

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Reitor da Univasf falou sobre a situação financeira da instituição. (foto: Milena Pacheco/Nossa Voz)

O reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Julianeli Tolentino participou do Nossa Voz desta terça-feira (28). Ele comentou sobre a situação financeira da Univasf após o contingenciamento de 30% nas verbas não obrigatórias das instituições federais de ensino de todo o país.

De acordo com o professor Julianelli Tolentino, caso o bloqueio não seja revisto pelo Ministério da Educação, as consequências serão desastrosas. “São consequências que podem ser desastrosas dado o volume de recursos que vem, ao longo dos anos, diminuindo. Em alguns momentos a gente tem recebido as verbas até com atraso. (…) Isso é muito danoso à nossa instituição”, afirmou o reitor destacando que 70% dos estudantes matriculados na Univasf precisam de auxílio transporte e alimentação devido a situação de vulnerabilidade social.

Tolentino salientou que só da Univasf foram bloqueados mais de R$ 11 milhões. “Houve uma confusão inicial quando o ministro disse que seria 3,5%. Mas essa porcentagem leva em conta toda a verba das universidades, incluído os salários dos efetivos. Mas, no caso da Univasf, são R$ 11,5 milhões da verba de custeio. É algo que vai nos prejudicar bastante”, destacou.

Esperança

O reitor contou ao Nossa Voz que amanhã (29) vai até Brasília onde vai mostrar para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, os números da universidade do Vale do São Francisco. “Estarei viajando a Brasilia na madrugada desta quarta-feira e para apresentar mais uma vez os números da Univasf. Com a vinda de Bolsonaro fiz uma carta e entreguei ao senador Fernando Bezerra para repassar a Bolsonoaro. Agora entregarei a mesma carta e farei uma apresentação ao ministro”, destacou Tolentino.

A preocupação do gestor da universidades é a descontinuação de algumas atividades. “Não vamos conseguir honrar as faturas de água, energia e o salário dos terceirizados. E haverá a possibilidade de descontinuação de algumas atividades. Por exemplo, pesquisas que vem ser realizadas há 10 anos, terão que parar porque o laboratório não pode funcionar sem energia. É uma reação em cadeia”, explicou.

Críticas de vereadores

Sobre as críticas feitas por vereadores de Petrolina com relação a possíveis desvios de verbas e gastos excessivos feitos nas instituições federais, Julianelli Tolentino rebateu. “Não tenho dados sobre essas irregularidades. (…) Nós temos feito o máximo possível pra zelar pelo patrimônio. E é importante deixar claro, foi convidado para participar de uma audiência pública e já confirmei, estarei presente sim. E o que eles tiverem de denúncias, eu servirei como ponte. Em relação à nossa universidade, as contas são abertas e eu não tenho o que temer quando aos órgãos de controle”, assegurou o reitor.