Nesta sexta-feira (3), Dulce Amorim, Consultora Técnica na Casa Civil de Pernambuco explicou os motivos que motivaram a aceitar o convite da governadora Raquel Lyra para o cargo.
Segundo Dulce, houve uma sintonia positiva na conversa com Raquel Lyra, e ela se comprometeu a apoiá-la caso a candidatura fosse para o segundo turno, já que o PT não teria um candidato próprio.
“Raquel me chamou para conversar quando ainda era pré-candidata ao governo do estado, inclusive, fazendo a proposta para que eu fosse para o partido dela, mas ali a gente deixou claro que não tinha como a gente ir para o grupo dela, porque a gente faz parte do grupo do PT. Mas a conversa foi tão boa que ali automaticamente me comprometi, caso o nome dela fosse para o 2º turno, eu apoiaria. Eu não vi problema nenhum, até porque quando a gente olhava para o cenário e percebia que se caso Danilo fosse para o 2º turno, o PT não teria um candidato”, relatou.
Sobre a fala de Cristina Costa, em relação à questão do licenciamento do partido, que levantou a possibilidade de que Dulce Amorim poderia ser expulsa do PT devido à sua decisão de apoiar o governo ao qual o partido faz oposição. Dulce Amorim esclareceu que tomou medidas para evitar problemas dentro do partido e expressou surpresa com a postura da vice-presidente do PT Estadual.
“Eu fico estarrecida com o posicionamento da vice-presidente do PT Estadual, porque teve uma conversa com o presidente Estadual, também o municipal e pelo contrário houve um entendimento muito tranquilo. Quando pedi o afastamento foi justamente para evitar certos problemas. O que me espanta é que há menos de um mês estive participando da reunião do PT e ninguém indagou nada. Eu fiz a narrativa de todo o processo como tinha ocorrido e a própria Cristina estava na reunião e não comentou nada. Essa informação que ela passou não chegou para mim. O que quero dizer que todo mundo tem meu telefone, se isso é uma birra pessoal que ela entre em contato comigo e vamos conversar”
Além disso, Dulce ressaltou que não recebeu notificações sobre sua expulsão e está disposta a dialogar com o partido.“Não recebi nenhuma notificação, pelo contrário ontem estive com o deputado Carlos e tivemos uma conversa muito tranquila”.
No entanto, Dulce Amorim enfatizou que a decisão de apoiar Raquel Lyra foi tomada em conjunto por um grupo do PT, se for para expulsar deve levar todos os envolvidos. “Quando pensei em uma aliança com Raquel, não foi só eu, mas um grupo do PT. Então isso era para expulsar todo mundo”.
Contou ainda que que a bancada do PT na Assembleia tem contribuído para a governabilidade estadual, votando a favor de projetos que beneficiam Pernambuco.“Hoje a bancada do PT na Assembleia tem ajudado a governadora, por entender na votação de projetos, por entender a questão de governabilidade, não é de hoje”.
Amorim salientou outro ponto, sobre candidatos que apoiaram a governadora no 2° turno e hoje torcem para a sua queda. “A decisão de apoiar Lyra contou com a participação de diversos membros do PT, incluindo o ex-prefeito Miguel Coelho, o deputado Lucas Ramos e o ex-deputado Gonzaga Patriota. Outra coisa que tem que pontuar, nós temos que parar de apoiar um candidato e depois torcer quanto pior melhor”, relembrou. Em sua fala final expressou sua disposição para dialogar com o PT e destacou seu compromisso em trabalhar para melhorar a situação do sertão e do estado como um todo. “Hoje estou interessada em procurar minimizar os problemas do nosso Sertão e do nosso estado. Como ex-deputada tive a oportunidade conhecer as entranhas desses problemas. Com isso, quando fui convidado para estar aqui é para ajudar a cuidar do povo de Pernambuco, não apenas por status e não apenas por querer está em uma posição dessa”, finalizou.