Depois de constatar o aumento da prescrição dos medicamentos retirados na farmácia municipal, a secretária de saúde, Fabíola Ribeiro, revelou que está em andamento a oficialização de um protocolo para uso da ivermectina, associada a azitromicina, vitamina C, D e zinco. A informação foi repassada na coletiva virtual realizada na manhã de hoje (06).
“Quero ressaltar que a minha fala é técnica e não política. A gente tem sim discutido isso, existem pessoas aqui dentro que são favoráveis e outras que não são. Então, o que eu estou buscando fazer? Estou participando de uma discussão, inclusive na sala de situação. A vice-prefeita, Dra. Dulce, tem participado ativamente, tem buscado estudar de forma ampliada também. E certamente nós iniciaremos um tratamento precoce, que não incluirá a hidroxicloroquina. Nos estudos mais atuais, a utilização dela na fase precoce não tem evidência robusta”, explicou.
Ainda de acordo com Fabíola Ribeiro, o aumento da prescrição de ivermectina na rede municipal motivou a busca pelo protocolo. A meta é prevenir o agravamento dos sintomas da Covid-19. “A gente vai buscar fazer o uso da ivermectina, azitromicina, conforme avaliação médica, vitaminas C, D e zinco. Já estamos com o protocolo praticamente pronto. A parte burocrática interna, que é compra de medicação, licitação, já estão em andamento e em breve a gente vai fazer isso de forma oficial”, reforçou.
Uso off label
Consequentemente, a secretária relembrou que o uso da ivermectina será feito off label, ou seja, fora do que prescreve a bula do medicamento. “Independente da Secretaria de Saúde se posicionar, os profissionais tem autonomia para prescrever o que eles querem”.
Em resumo, Fabíola esclareceu que ficará a critério do médico seguir ou não o protocolo elaborado pela gestão. “Não existe uma existência robusta, uma evidência nível A que é considerada palpável onde a gente realmente já tem todas as considerações para realizar. (…) Mas, em contrapartida, vários estudos estão acontecendo no Brasil, no mundo e não vamos deixar de proporcionar isso à população de Juazeiro. Não será um tratamento impositivo nem para os nossos profissionais, (…) nem para a própria população que caso não queira fazer o uso, não será obrigada ”.