Ciente da continuidade dos desafios que serão enfrentados ainda este ano, o secretário de educação de Petrolina, Plínio Amorim, afirma estar aberto a diálogo com pais e trabalhadores da educação, além de retornar motivado à pasta. Amorim atuou na gestão de Fernando Bezerra Coelho e coleciona reconhecimentos do trabalho executado na época. Agora, ele gerencia o serviço prestado pelo município em meio a pandemia da covid 19 e uma série de incertezas quanto ao retorno do ensino presencial no primeiro semestre. Mesmo assim, segue organizando as estratégias e protocolos, com um calendário letivo com início marcado para fevereiro.
“A gente está ainda num processo de discussão para definição, estamos divulgando o nosso calendário para retorno, de maneira mais interna, a equipe, dia primeiro de fevereiro, como mandam o protocolo. De uma maneira mais direta na relação com o aluno, a partir do dia 03 de fevereiro. Nosso calendário se assemelha, não totalmente, mas se assemelha muito com a rede estadual porque na verdade trabalhamos de forma integrada”.
O secretário detalhou ao Nossa Voz na manhã desta sexta-feira (08), o que foi programado até o momento. “A gente espera, deseja, por enquanto está no plano de desejos, para que a gente comece, dentro do que se chama de plano híbrido, que é um presencial parcial. Talvez 25% dos alunos, provavelmente, e aí são por enquanto ideias. O que posso dizer é que já nessa semana que vem conversarei com a nossa amiga, Anete Ferraz, que representa o departamento estadual da rede educacional aqui em Petrolina. Já tenho reunião agendada com a secretária de educação de Juazeiro, porque ninguém vai funcionar como uma ilha. A gente deve trabalhar de maneira integrada sempre”, pontuou.
Sobre as turmas escolhidas para o modelo inicialmente, Plínio Amorim revela que os anos final do Fundamental I e II devem abrir o retorno às aulas presenciais. “A ideia é continuar aprimorando essa discussão para ver como é que a gente vai começar. É possível que a gente inicie com aquelas idades um pouco maiores, do ponto de vista híbrido, presencial. Então, no Ensino Fundamental II nos anos finais, o nono ano. Aquele menino já entre 14 e 15 anos. Nos anos iniciais, o 5° ano, que é aquele menino de 10 anos, para que a gente possa ir testando, aprimorando se o formato é seguro, porque o que a gente não vai poder abrir mão é da segurança”.
Paralelo a isso, Amorim revelou também vivenciar a expectativa do processo de vacinação contra a covid-19 para facilitar a volta dos estudantes às escolas. “Estamos todos aqui meio que em êxtase e felizes pelas últimas notícias e pela provação. O prefeito Miguel está correndo desde o início. Eu participei junto com ele, já antes de uma proposta de até divisão dos custos, junto ao Ministério da Saúde, para que a gente pudesse priorizar a nossa população na oferta da vacina. Agora, de maneira mais direta ele já foi, de pronto, para o Instituto Butantan para que a gente possa inciar. Então, todo o esforço está sendo feito para que a gente busque aquela normalidade que desejamos e na minha opinião é o que a gente sabe viver. Esse novo [normal] a gente não sabe, eu também não sei, mas estamos tentando”.
Por fim, o secretário de educação reforçou o compromisso com o aprendizado dos estudantes da rede municipal de ensino. “O que posso garantir é que estamos nos esforçando junto a Undime, que é a União dos Dirigentes Municipais de Educação, a Unqueme, que é União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, para que de maneira coletiva, de maneira prudente, mas também de maneira ousada, que possamos qualificar mais a nossa aprendizagem. Eu volto aquele meu discurso principal lá do foco que é no menino aprender e a gente sabe que no ensino remoto a qualidade não é tão excepcional com uma classe com faixa etária mais tenra, mais inicial. Por isso o nosso desafio e o nosso propósito de puder trazer essa criançada e essa juventude para dentro da escola”.