Nesta terça-feira (5), o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Petrolina, Fred Machado, abordou em entrevista ao programa Nossa Voz os desafios e os avanços de sua gestão frente à pasta. Ele destacou que o crescimento acelerado da cidade exige um planejamento ágil e constante para atender às demandas de infraestrutura e mobilidade.
“Petrolina é uma cidade que nos impõe desafios diários. Cresce fora da curva, e isso exige que tenhamos um planejamento muito rápido, com diversos projetos, especialmente em áreas como pavimentação e malha viária. Precisamos realizar obras constantemente, e um passo importante foi a elaboração do Plano Diretor de Macrodrenagem. Já fizemos uma audiência pública no Ministério Público, com a participação de todos os órgãos e da sociedade civil. Estamos finalizando o projeto para, no próximo ano, enviá-lo à Câmara para aprovação e sanção do prefeito”, explicou Machado.
Em relação aos problemas pontuais, o secretário mencionou a situação da Lagoa do Jatobá, uma área emblemática para o sistema de drenagem do município. “Essas lagoas funcionam como tanques de amortização, recebendo as águas pluviais de determinadas bacias hidrográficas. O objetivo é controlar o nível da água e permitir o escoamento gradual para o rio. Já temos um projeto orçado em cerca de R$ 12 milhões, e estamos em busca de recursos junto ao Ministério das Cidades para viabilizar obras estruturais tanto na Lagoa do Jatobá quanto nas lagoas Dom Avelar e São Joaquim. Isso é fundamental para dar segurança à população, considerando eventos climáticos extremos que têm sido cada vez mais frequentes”, afirmou.
O secretário também mencionou a importância de conscientizar a população sobre o descarte adequado de resíduos, para evitar o entupimento de canais e galerias pluviais. “Petrolina é cortada por diversos canais e riachos, e a gente precisa da conscientização da população. Todos os anos, encontramos sofás, colchões e geladeiras obstruindo o fluxo das águas, o que compromete o sistema de drenagem”, alertou Machado.
Em relação ao Perímetro Irrigado, ele enfatizou o papel estratégico das vias para o escoamento da produção agrícola do Vale do São Francisco. “Algumas vias são de responsabilidade do Governo do Estado e da Codevasf, mas a prefeitura realiza operações tapa-buracos e medidas paliativas anualmente. Essas estradas são cruciais para o transporte da produção agrícola, e estamos trabalhando em parceria para melhorar a malha viária da região”, afirmou.
Sobre as obras da Transnordestina, Machado destacou que o projeto está em andamento, mas causa transtornos temporários ao trânsito. “Temos um trecho onde foi necessário remover postes para realizar as obras. Novos postes de iluminação estão sendo instalados desde a rotatória do posto Asa Branca até o Cacheado. A rotatória está em obras, e a adequação visa integrar com a duplicação em curso. Com o viaduto em construção, o tráfego aumentou bastante nessa área, e pedimos paciência aos condutores até que a obra esteja concluída”, disse o secretário.
O problema do Jardim Petrópolis também foi discutido, especialmente no que diz respeito ao esgotamento sanitário. “Enquanto a questão do esgotamento sanitário não for resolvida, não faremos obras de pavimentação. A Compesa já havia prometido realizar a cobertura de esgoto na Bacia do Jardim Petrópolis, mas até agora nada foi feito. Estamos tentando obter recursos para iniciar as obras no próximo ano, e o bairro do Henrique Leite também está em nosso radar”, afirmou Machado.
Sobre as melhorias na Orla 3, o secretário informou que a base do projeto já está sendo executada, com um trecho pavimentado e a preparação para instalação da ciclovia e iluminação. “Essa obra está em andamento. Já cobramos uma nova parcela do repasse federal, de cerca de R$ 8 milhões, para avançar ainda mais. Estamos comprometidos em transformar a Orla 3 em um espaço seguro e bem equipado para os cidadãos”, concluiu.