Anunciada na última terça-feira (26), a 13ª parcela do Bolsa Família paga pelo Governo de Pernambuco, busca, além da proteção social das famílias em situação de vulnerabilidade, promover a circulação de renda no Estado. Foi o que reforçou o secretário de desenvolvimento social, criança e juventude, Sileno Guedes, em entrevista ao Nossa Voz desta quinta-feira (28). O programa deve injetar mais de R$ 154,6 milhões destinados para 1.190.295 famílias, que receberam o acréscimo no benefício.
“É um programa é muito é muito importante porque chega num momento em que o Governo Federal negou o pagamento da terceira parcela no ano passado, no final de 2020. O Auxílio Emergencial está no seu fim e a gente não sabe ainda se será retomado ou não. Provavelmente, não. Então, esse recurso chega para ajudar, para dar proteção social a essas pessoas, sobretudo a essa camada da população mais vulnerável, mas chega também para movimentar a economia. Sobretudo nos municípios pequenos e médios onde esse dinheiro circula, movimentando o comércio, a economia local”, destacou.
Para os contemplados pelo incremento no Bolsa Família, Sileno Guedes também relembrou que o próprio beneficiário tem um protagonismo fundamental no valor final obtido. “É importante frisar que o beneficiário ao fazer a sua compra, seja ela qual for durante o ano, coloque o CPF na nota fiscal eletrônica. Porque assim, toda compra que fizer, não importa o valor, colocando o CPF na nota, esse valor será calculado pela Secretaria da Fazenda e vai melhorar o valor do seu benefício. Então, lá na frente, quando você for receber a 13ª parcela, o Governo do Estado val lhe devolver parte desses recursos que você comprou e colocou o CPF na nota fiscal eletrônica”.
Questionado se Governo do Estado recebeu alguma sinalização de continuidade do pagamento do Auxílio Emergencial, Guedes nega. “Não tenho essa informação. O Governo Federal só pagou a 13ª parcela em 2019. Em 2020 não pagou e em 2021 não tem previsão orçamentária para isso”.
O secretário de desenvolvimento social confessou sua preocupação com busca queda na renda da população e apontou que é dever da União assegurar a proteção social da população. “Estamos acompanhando com muita apreensão [o fim do Auxílio Emergencial] porque a economia não reagiu, nós continuamos vivendo num momento de pandemia e a economia não tem reagido. A necessidade da proteção social do Estado, União, Estados e Municípios, ainda é muito grande. A parcela da população vulnerável, da população de rua que precisa, que perderam seus postos de trabalho e entraram na linha de pobreza a partir da pandemia e da própria crise econômica que já estava instalada no Brasil, é muito grande. E quem tem a maior condição de dar essa proteção social é o governo federal. Agora, infelizmente, o Governo Federal negou a parcela no ano passado e agora estamos nessa discussão do final do Auxílio Emergencial, sem previsão de uma retomada”, ponderou.
“É muito grave, estamos fazendo a nossa parte, vamos fazer essa movimentação. Vários municípios também tem feito iniciativas em buscar proteger a população mais vulnerável, mas é economicamente impossível os estados e municípios sozinhos garantirem essa proteção por completo”, finalizou Sileno Guedes.