Nesta quinta-feira (30), estava prevista uma manifestação dos funcionários do Hospital ProMatre de Juazeiro para denunciar a situação da unidade de saúde que é filantrópica, mas mantém contrato com a rede pública municipal de saúde. Em entrevista exclusiva ao Nossa Voz, o diretor da unidade, Pedro Filho, explicou a situação.
“Tem quatro meses que nós não recebemos pagamentos dos contratos de urgência e emergência. Pagaram 25% de uma dívida de R$ 2,1 milhões. Pagaram R$ 500 mil. E nós estamos com atrasos de funcionários, dificuldade de abastecimento do hospital, estamos passando por uma série de problemas. Problemas que não deveriam acontecer até porque tem verbas carimbadas fundo a fundo”, afirmou Pedro Filho.
Ainda segundo o diretor da unidade, a situação dos funcionário é especialmente complicada e há relatos de funcionário passando fome. Por isso, a manifestação havia sido marcada. “Nós nunca pedimos para o prefeito (de Juazeiro) pagar os salários da Promatre. Nós pedimos pra pagar as faturas que estão lá, as notas fiscais que eles solicitaram. (…) Nós chegamos ao ponto da empresa que recolhe o lixo do hospital se recusar a recolher nosso lixo. E só foi recolhido porque na sexta-feira passada a secretaria de saúde pagou uma pequena parte da dívida e pagamos também uma parcela do 13º salário”, relatou o diretor do Hospital ProMatre.
Caminho para o entendimento
Segundo Pedro Filho, a prefeitura de Juazeiro conversou com o diretor médico da unidade, Victor Borges e pediu que um prazo para os funcionários para que a gestão apresente um cronograma de pagamento dos valores pendentes. Por isso, a manifestação foi suspensa temporariamente.
No entanto, a direção da ProMatre estima que a unidade só conseguirá manter os atendimentos por mais três ou quatro dias.