Senado Federal aprova R$ 2 bilhões para Santas Casas

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Plenário do Senado durante reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para o segundo biênio da 56º Legislatura. A eleição ocorre de forma presencial, seguindo as medidas de segurança contra a covid-19, e obedecendo o Regimento Interno da Casa, que prevê a votação por meio de cédulas em papel inseridas em envelope. Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), conduz reunião. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Senadores aprovaram na sessão de terça-feira (25) o Projeto de Lei Complementar nº 7/2022, que viabiliza repasse de R$ 2 bilhões para santas casas e entidades privadas sem fins lucrativos que prestam serviço para o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é contribuir para a sustentabilidade econômico-financeira dessas instituições na manutenção dos atendimentos.

A proposta autoriza estados, o Distrito Federal e os municípios a utilizar, até o fim de 2023, os saldos de repasses da União no âmbito dos fundos de saúde voltados ao combate da Covid-19.
Segundo o relator da proposta, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), esse orçamento extra irá garantir mais eficiência na área de saúde.

“Destaco que outras despesas com saúde poderão ser atendidas com esses saldos, após garantida a priorização inicial. Igualmente fundamental atacar o lado assistencial, a fim de minimizar os efeitos das desproteções sociais ampliadas pela pandemia”, afirmou ele no parecer.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) lembrou que o Brasil tem hoje mais de 1,8 mil unidades hospitalares dessa natureza que atendem o SUS. “Tudo que vier em favor das santas casas eu tenho a convicção de que os colegas apoiam, porque sabem do esforço, da luta diária para manter o hospital funcionando, com salários em dia, valorizando os profissionais e atendendo a população”, ressaltou.

Os recursos poderão resolver, também, os passivos dessas instituições, segundo informou o presidente da Frente Parlamentar de Apoio a Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas, deputado federal Antonio Brito (PSD-BA). O texto teve apoio da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, bem como aval do Ministério da Economia. 

Piso da enfermagem

O PLP 7/2022 é uma das medidas destacadas pelo Senado para viabilizar o piso salarial da enfermagem, aprovado pelo Congresso no primeiro semestre. A aplicação do piso foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao impacto do aumento salarial sobre os gastos públicos. Segundo o Supremo, também é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que o piso poderia gerar um impacto de R$ 10,5 bilhões ao ano para as prefeituras, entre custos diretos e indiretos.

A matéria agora segue para sanção do presidente da República. (Fonte: Correio Braziliense)