
Segue até o dia 31 de maio a primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa, destinada aos bovinos e bubalinos em todo o Brasil. Por isso, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro), segue convocando os produtores para que seja atingida a meta de imunizar todo o rebanho pernambucano, totalizando 2,1 milhões de animais, entre bois e búfalos.
“Estamos em plana campanha e estamos analisando esse primeiros 19 dias onde temos hoje um índice de cobertura e declarados no Estado de Pernambuco em 22% do rebanho. Isso significa que estamos com 450 mil aproximadamente de animais vacinados e declarados, de um rebanho de aproximadamente de 2,07 milhões animais”, explica o
Diante desta estatística, há uma preocupação em relação a baixa imunização dos animais daqui do Sertão do Estado. “Tem regiões pontuais com as quais estamos preocupados, que está com o índice relativamente baixo e temos outras onde o índice está satisfatoriamente correspondendo a uma vacinação normal como aconteceu em outras campanhas. Mas, temos regiões pontuais, como principalmente na área do Sertão, onde vem acarretando algumas dificuldades, alguns empecilhos nessas regiões que estamos trabalhando para ver se, junto aos produtores e as farmácias veterinárias, contornamos e alcançamos uma maior conscientização desses produtores”.
Questionado sobre os motivos já identificados para a baixa adesão à campanha, Paulo Roberto cita as restrições impostas pela pandemia da civid-19. “O que a gente está levando muito em consideração é o índice da pandemia que está ocorrendo. Inclusive, o governado do estado lançou um decreto agora para a região do Agreste com maiores restrições. Então, isso tem causado aos produtores, em todo esse período de instabilidade junto a essa pandemia e os produtores estão tendo um pouco mais de dificuldades e estão se resguardando mais em suas propriedades, em suas residências”.
A vacina pode ser adquirida durante o período da campanha nas casas agropecuárias. A declaração de vacinação é obrigatória e deve ser efetuada até 15 de junho nos escritórios da Adagro ou pela internet.
E para auxiliar nos cuidados necessários ao contágio pelo coronavírus,a agência disponibiliza alternativas ao comparecimento físico aos escritórios presentes em várias cidades do estado. “Temos algumas ferramentas que foram lançadas desde março de 2020 que os produtores podem usufruir e fazer a sua vacinação do seu rebanho, na sua propriedade e da sua propriedade mesmo, desde que ele faça na página da Adagro, onde temos lá um banner onde ele pode fazer o pré-cadastro. Esse pré-cadastro é aprovado rapidamente e se ele foi um produtor que já tenha cadastro anterior na Adagro isso já acontece rapidamente e daí ele entra com uma senha individual e intransferível dele e pode fazer a declaração do seu rebanho e outros serviços também no portal de serviços aos produtores rurais.
Quem não vacinar ou não declarar estará sujeito às penalidades, com multa mínima de R$ 300,00 por propriedade e R$ 60,00 por animal não imunizado. Além disso, o produtor ainda fica impossibilitado de retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), necessária para circulação de animais para abate ou comercialização. Também fica impedido de obter a emissão da Ficha Sanitária, essencial para conseguir financiamento junto as redes bancarias. O criador também ficará impedido de adquirir milho junto a Conab, que só libera o insumo com desconto aos produtores que tiverem de posse desse documento.