Circula em redes sociais um vídeo da servidora pública do Hospital Monsenhor Ângelo Sampaio, Luzinete Costa, relatando que foi acordada com jatos de hipoclorito (produto usado para higienização de locais contra o novo coronavírus), durante um período de descanso em um dos quartos usados por servidores para repousar. No vídeo ela narra a situação. A servidora diz que se sentiu mal e buscou ajuda médica, foi medicada e orientada a repousar.
Durante o momento de descanso ela relata que foi acordada com jatos do produto. “O secretário entrou na sala jogou o produto no piso, nos colchões e jogou em mim”, acusou.
Ainda segundo relato da servidora, ela teve que voltar ao médico devido ao produto ter causados reações alérgicas nela. “Eu tive reações alérgicas, tive que retornar ao médico, fui medicada e liberada para retornar para minha casa, tive muita coriza e espirrei bastante devido ao produto”, relatou.
O Nossa Voz entrou em contato com o Secretário de Saúde, Nelson Eduardo, que relatou que a pulverização é natural dentro do hospital e que não direcionou o jato na servidora. “Eu mesmo faço esse tipo de serviço e não direcionei o produto para atingir ela, fiz apenas a higienização do ambiente, acho que essa servidora está agindo politicamente contra mim”, esclareceu o secretário.
Para o secretário, não houve nenhuma anormalidade e não agiu com maldade com a paciente. “Eu sempre entro acompanhando dentro das salas, principalmente quando existe alguma servidora dentro. A quantidade do produto não faz mal a ninguém e seguimos as recomendações da ANVISA para desinfetar o ambiente, o piso, as paredes, embaixo dos dormitórios, mas não joguei nela,” concluiu.
O conselho de Saúde do município foi acionado para investigar o ocorrido. De acordo com um dos membros, Marcos Maciel, “o conselho já tomou conhecimento e vamos investigar a situação”.
A medida de aplicação de hipoclorito está sendo adotada nas cidades para higienização e prevenir contra o novo coronavírus.
