Setembro Amarelo é uma campanha voltada para a prevenção ao suicídio. A cor simboliza a esperança e, inicialmente, foi adotada em homenagem ao jovem americano, Mike Emme. Ele tinha um Mustang amarelo, mas se suicidou com apenas 17 anos de idade. Cartões com fitas amarelas foram entregues no dia do seu funeral com a mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”. Os suicídios em mulheres apresentam índices inferiores aos suicídios em homens, no entanto, as mulheres apresentam mais tentativas de suicídio do que eles. No Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia, observando os dois gêneros.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de mortes, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. A pandemia de covid-19 piorou a situação, pois trouxe um agravamento na saúde mental dos brasileiros, atingido crianças a partir de seis anos de idade. A faixa etária dos brasileiros que são afetados por tentativa de suicídio ou suicídio é de 11 a 19 anos.
As mulheres jovens que sofrem violência doméstica têm maior risco de cometer suicídio. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde no período de 2011 a 2015, mostrou que mulheres que tinham notificação prévia de violência doméstica apresentavam 30 vezes maior risco de cometerem suicídio. Geralmente, eles estão relacionados a violência de gênero, à depressão, privação social, perdas afetivas de cônjuges e filhos, abortamento, além das singularidades que permeiam as histórias de vida.
Vejamos alguns sinais de alerta que podem indicar uma tendência ao suicídio:
- • A pessoa não demonstra mais interesse por coisas que gostava anteriormente;
- • Apresenta comportamento retraído, com dificuldades de se relacionar com amigos e familiares;
- • Remói pensamentos de forma obsessiva;
- • Desesperança, solidão, impotência e falta de significado na vida;
- • Irritabilidade, pessimismo e apatia;
- • Alterações extremas de humor, como excesso de raiva, vingança, ansiedade, irritabilidade, pessimismo, apatia e sentimentos intensos de culpa ou vergonha;
- • Ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, de comportamento, personalidade, de humor etc.;
- • Falar sobre morte ou suicídio, querer concluir afazeres pessoais e profissionais, doar pertences, visitar vários entes queridos de uma só vez, escrever um testamento, escrever cartas de despedida;
- • entre outros.
É importante identificar os sinais e não tratar as lamentações da pessoa como “drama” ou “exageros”. Algumas ações significativas que podem ser realizadas:
- • Falar de forma carinhosa e sem julgamentos, ouvir com atenção e se mostrar interessado com a conversa;
- • Falar sobre o assunto, sem medos e tabus;
- • Ter empatia, paciência e demonstrar preocupação, cuidado e afeto;
- • Conversar com amigos e familiares da pessoa, mantendo-se ao lado dela para ajudar e apoiar;
- Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
- • Não esperar a pessoa dizer que quer se matar para buscar ajuda. É preciso estar atento aos sinais de alerta e levar a situação a sério;
- • Ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188, que funciona em todo território nacional e é gratuito;
- • Ir atrás das unidades e profissionais da saúde;
- • Participar de grupos de apoio.