Para os integrantes do diretório municipal do PL, a união da oposição resultará no êxito na disputa pela Prefeitura. Em entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (18), o presidente da legenda, Dhiego Serra, acompanhado do ex-vereador, Osinaldo Souza (PL) afirmaram não acreditar na transferência de votos do ex-prefeito Miguel Coelho (UB) para o pré-candidato à reeleição, Simão Durando.
Na estratégia, o primeiro passo é unir os opositores da atual gestão, mesmo que haja divergências ideológicas em meio a esse processo. “Nós defendemos Deus, Pátria e a Família, nós temos o nosso, somos de direita, mas aqui em Petrolina nós queremos sim, construir o diálogo. Nós estamos dialogando com a oposição aqui na cidade, o PL está na base da governadora Raquel Lyra, assim como o PSD, com Júlio Lóssio, a quem quero mandar um abraço para ele que passou por uma cirurgia milagrosa. Que ele possa se recuperar e possa ir para a disputa, assim como outros nomes da oposição. Aqui, o PSDB, tudo indica que lançará Guilherme Coelho. Então, são nomes que nós iremos dialogar, construir. Não podemos deixar de citar o ex-deputado estadual, Odacy Amorim, que ainda está com o imbróglio a ser resolvido no PT. Ele é um homem evangélico, cristão. Eu acredito que está do lado errado, no partido errado”, apontou Dhiego Serra.
O presidente do PL de Petrolina não demonstra dificuldades em superar as diferenças. “Seria negligência da minha parte, enquanto presidente de uma sigla, não dialogar com todos. Nós iremos dialogar com todos da oposição, nós iremos construir forças para que possamos derrotar o prefeito de que aí está porque nós não vemos um prefeito”.
Numa crítica direta ao atual gestor da cidade, Serra, assim como afirmou ao Nossa Voz, o advogado Júlio Lóssio Filho, que Durando “não lidera”, ,mas é “liderado por seu grupo político”. “Desculpe-me a pessoa de Simão, é um pai de família, amigo, uma pessoa que ouve, que escuta, mas é uma pessoa que está escutando somente aquele que é o líder. Está sendo liderado e Petrolina precisa de um líder. Eu vejo Simão ouvindo muito o grupo, ainda não mostrou para que veio, ainda não mostrou a cara dele. Eu acredito que Simão tinha muito para mostrar, muito a construir, mas deixou Miguel contorná-lo, direcioná-lo para onde e como deve agir, então, Simão hoje, me desculpe se vai ofender ou não, mas está sendo o boneco movimentado pela força do grupo de FBC”.
O ex-vereador Osinaldo vai além e duvida que haja uma transferência de votos do ex-prefeito Miguel Coelho, reeleito em 2020 com mais de 76% dos votos válidos em Petrolina. “Acho que não se pode dizer que Miguel é Simão e nem Simão é Miguel. Essa história não vai convencer o eleitor de Petrolina. Não digam que Miguel vai conseguir passar os votos dele para Simão, está redondamente equivocado. Porque o povo espera que o prefeito seja Simão porque Miguel já teve a oportunidade dele. O povo deu oito anos de mandato a Miguel, ele resolveu sair para disputar a eleição de governador, tranquilo. Aí complementou o mandato com Simão. Agora, dar o terceiro mandato a Miguel não existe. Às vezes as pessoas dizem por aí que quem manda na prefeitura é Miguel. O que a gente escuta na equipe do prefeito é que quem manda na prefeitura é Miguel e o povo não aceita isso. O povo vai dar a caneta a um prefeito ou a uma prefeita que comande, mande, dirija, que seja gestão da situação e da Prefeitura e comande Petrolina”.
