Durante quatro dias, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) acompanhou uma série de fiscalizações realizadas pelo Conselho Regional de Medicina (Cremepe), em unidades de saúde da Rede Municipal de Petrolina, tanto na zona urbana quanto na zona rural. As inspeções ocorreram a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e revelaram um cenário de precariedade alarmante.
Entre os problemas identificados nas unidades, destacam-se ruas sem pavimentação e sem saneamento básico, ausência de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, medicamentos vencidos, estruturas físicas comprometidas e até unidades de saúde completamente fechadas para manutenção, o que obriga os usuários a se deslocarem por longas distâncias para buscar atendimento em outras localidades.
O diretor do Simepe, Robson Miranda, que acompanhou pessoalmente as visitas, classificou a situação como grave e inaceitável. “É inadmissível que a população, especialmente nas áreas mais vulneráveis, esteja sujeita a esse tipo de descaso. Encontramos unidades em completo abandono, com risco à saúde pública e à dignidade das pessoas que precisam de atendimento. Iremos seguir atentos a essa demanda cobrando as condições ideais para que os colegas médicos possam atuar, garantido a assistência do cidadão petrolinense”, afirmou.
As constatações reforçam a urgência de providências imediatas por parte da gestão municipal para garantir condições adequadas de atendimento, segurança para os profissionais de saúde e acesso digno à população. O Simepe continuará monitorando a situação e cobrando soluções efetivas para os problemas encontrados.