A atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina, Maria Joelma, rebateu nesta segunda-feira (19) as críticas feitas pela ex-presidente da entidade, Lucilene Lima, conhecida como Leninha. As declarações foram dadas em entrevista à emissora que havia recebido anteriormente a ex-gestora, que questionou a condução da assembleia que definiu o regimento e a comissão eleitoral do pleito previsto para o dia 11 de junho.
“Eu acho muito estranho, porque é o seguinte: todos os trabalhadores subiram, tá? Inclusive, quem ficou do lado de fora foi pessoas que não eram associadas, né? Inclusive ex-funcionárias do sindicato. Não são sócias, então não têm que estar na assembleia e nem são funcionárias”, declarou Joelma.
“Quando iniciou a assembleia, com a terceira e última chamada, alguns delegados ficaram do lado de fora, inclusive nossos delegados. Não tinha como entrar porque já tinha encerrado. Nós cumprimos com muita clareza a assembleia”, afirmou.
A presidente ainda criticou a ausência de Leninha em assembleias anteriores. “Houve várias assembleias de prestação de contas, ela nunca esteve presente. Previsão orçamentária, ela nunca esteve presente. Aprovação de pauta de reivindicação, ela não estava presente. Então não participou de nada e por isso está com essa desinformação”, disse.
Segundo Joelma, a ex-presidente não buscou esclarecimentos junto à entidade. “Se ela tivesse nos procurado, a gente teria atendido. O lugar da gente discutir é na assembleia. Lá se colocam os posicionamentos, os questionamentos, e ela não fez isso. Está procurando hoje resposta de algo que não participou”, completou.
Em relação à acusação de que o regimento eleitoral teria sido aprovado antes da eleição da comissão, contrariando o estatuto, Joelma defendeu o procedimento adotado. “A comissão eleitoral tem que ser eleita mediante o regimento. A comissão dela foi levada, mas todos estavam sem documentos e fora dos critérios. Então, independente de quem ganhasse, tinha que obedecer o regimento”, afirmou.
“É por isso que primeiro o regimento, depois a eleição da comissão, porque ela tem que ser eleita perante o regimento.”
Sobre a exigência de dois anos de contribuição sindical para concorrer nas eleições, a presidente disse que a regra está prevista no estatuto vigente. “Sim, está presente nas regras deste ano e respaldada no estatuto. Faltou a participação dela para ter essas informações”, reforçou.
Questionada sobre os motivos de tantos questionamentos à abertura do processo eleitoral, Joelma alegou que todas as decisões foram tomadas de forma transparente e com participação de membros da chapa adversária. “O estatuto foi apreciado em assembleia e aprovado, inclusive com integrantes da chapa dela presentes. Ela poderia ter colocado questionamentos e sugestões, mas não participou”, afirmou.
A atual presidente também rebateu críticas sobre o processo de negociação coletiva e a atuação da diretoria. “Ela disse que a diretoria foi irresponsável por fazer paradeiros. Nós não fizemos paradeiros. Fizemos assembleias nas fazendas”, explicou.
“Ela disse que causamos prejuízo aos trabalhadores, mas não houve desconto para eles. A negociação foi levada à assembleia, e os próprios trabalhadores rejeitaram a proposta de troca de horas por cesta básica.”
Joelma também citou avanços em direitos, como o período de amamentação. “Hoje as mães ficam seis meses em casa, quatro pela Previdência e dois conquistados pelo sindicato. Isso é o nosso compromisso com os trabalhadores”, afirmou.
Sobre o Espaço Saúde, alvo de críticas por suposta cobrança aos usuários, Joelma respondeu: “O Espaço Saúde é um lugar de acolhimento para o sócio e sua família. Ela diz que o pessoal paga, mas mais uma vez eu convido: participe, conheça.”
A eleição do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina está marcada para o dia 11 de junho.
