O SINPOL-PE lamenta profundamente a série de crimes cometidos por um soldado da Polícia Militar, nesta terça-feira (20) no Grande Recife. Ele matou a esposa que estava grávida, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana. Na capital, ele foi até o local de trabalho em Boa Viagem, na Zona Sul, e efetuou vários disparos. Um colega da corporação morreu e três ficaram feridos. Depois, o PM tirou a própria vida.
Infelizmente casos como esses mostram a falta de cuidado com o material humano, com as pessoas das corporações e a grande quantidade de policiais que apresentam problemas psicológicos, são negligenciados e ignorados pelas próprias instituições. Por isso, é fundamental que haja uma atenção maior para que a nossa categoria cuide da saúde mental.
Os Policiais costumam apresentar perfil profissiográfico para o exercício da função e também se capacitam durante a formação, mesmo assim não elimina o adoecimento pela constante exposição à violência, aos confrontos armados e o temor da morte. Muitos policiais sofrem com ansiedade e depressão devido às pressões e às condições de trabalho, que, por vezes, não oferecem estrutura adequada para que se possa atuar de maneira segura.
Em contexto social onde o Policial lida com os riscos, pressões, descrédito e vários outros fatores que contribuem para o adoecimento físico e mental, infelizmente as instituições de segurança preferem não enfrentar a problemática, ou buscam individualizar os problemas.
“ É fundamental ter nas Instituições de segurança pública programas que foquem e deem atenção à saúde, com ações integradas, que sejam pautadas nas necessidades reais dessa categoria. Investir na Polícia não é apenas comprar viaturas e armamentos modernos, mas é de extrema importância cuidar do seu capital humano na perspectiva da saúde do trabalhador e da garantia dos direitos”, aponta o presidente do SINPOL-PE Rafael Cavalcanti.
(Ascom Sinpol)
