Três dos principais sistemas do Ministério da Saúde, o ConecteSUS, o e-SUS Notifica e o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) estão fora do ar desde a madrugada desta terça-feira. A principal suspeita da pasta é de que um novo ataque hacker tenha atingido as plataformas do órgão. Após O Globo antecipar a informação, a pasta divulgou nota em que afirma que não há prejuízo aos dados armazenados.
A pasta suspendeu o funcionamento das plataformas temporariamente de maneira preventiva para evitar o acesso a outros sistemas caso se trate de um ciberataque. A expectativa é que o ConecteSUS, o e-SUS Notifica e o SI-PNI sejam restabelecidos na tarde desta terça-feira.
Segundo a pasta, não houve dano aos dados armazenados pelos sistemas. Integrantes da pasta ouvidos pelo GLOBO explicaram que o ministério identificou uma anomalia na atividade de uma das máquinas com acesso às plataformas e isolou o equipamento.
“O Ministério da Saúde Informa que o Programa Conecte SUS, e-SUS Notifica e SI-PNI se encontram em manutenção corretiva, com previsão de retorno para as 16h. O Departamento de Informática do SUS (Datasus) identificou nessa segunda-feira (16) uma tentativa de acesso indevido e, para resguardar as informações, os acessos foram suspensos até que toda análise seja realizada. Vale ressaltar que a manutenção não causou impacto nos dados das plataformas”, diz a nota da pasta.
O ConecteSUS — que se tornou conhecido ao longo da pandemia por gerar o comprovante digital de vacinação contra a Covid-19 — reúne dados de vacinação, medicamentos e consultas, entre outros no Sistema Único de Saúde (SUS). Não é a primeira vez que a plataforma registra falhas. Como O GLOBO acompanha desde o ano passado, já houve falhas, inconsistências e até suspeitas de clonagem de dados.
Já o e-SUS Notifica é responsável por notificar casos leves de Covid-19. O SI-PNI, por sua vez, armazena dados de vacinação, como doses aplicadas e estoques necessários.
No final do ano passado, o Ministério da Saúde sofreu um amplo ataque que deixou as plataformas da pasta fora do ar por mais de um mês.
(O Globo)
(Foto: Agência Brasil)