Por ordem alfabética, o diretor administrativo do Hospital Universitário, Aristóteles Cardona, o vereador, Gilmar Santos, o superintendente do HU, Julianelli Tolentino e o ex-deputado, Odacy Amorim, foram os quatro nomes inicialmente escolhidos pelo Partido dos Trabalhadores como pré-candidatos a prefeito de Petrolina. Entretanto, outros nomes podem surgir ao longo do processo. É que em entrevista ao Nossa Voz na manhã desta quarta-feira (01), a ex-vereadora e integrante da executiva estadual da legenda, Cristina Costa, afirmou que uma pesquisa interna deve ser feita junto ao eleitorado petrolinense para que o partido possa entender qual seria realmente o candidato ou candidata mais viável para a disputa pelo Executivo Municipal, inserindo assim, novos personagens nesse contexto.
Presente na mesma entrevista, o deputado federal, Carlos Veras avaliou que Petrolina possui um cenário favorável para uma candidatura de esquerda, já que o PSB deixa de cumprir esse papel ao aliar-se, na sua opinião, ao União Brasil na capital pernambucana, uma referência direta a aliança formada entre o ex-prefeito da cidade, Miguel Coelho (UB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
“Acredito que no campo da esquerda fica um vácuo político aqui com aliança feita entre União Brasil e o PSB na capital do Recife impossibilitando, possivelmente, uma candidatura aqui do PSB novamente em Petrolina. Fica um campo aberto para o Partido dos Trabalhadores, para a federação, que é bom lembrar, nós não estamos sozinho,
estamos em uma federação composta pelo PC do B e pelo PV e acredito, pela força de vontade que eu tenho encontrado nas nossas lideranças, pela demanda pela vontade, do do povo de Petrolina de ter uma gestão Municipal mais ligada ao ao presidente Lula, com essa relação mais direta, para que possa ajudar no desenvolvimento do município e, acima de tudo, implementando uma gestão participativa onde a população possa participar diretamente e decidir nas prioridades nas ações no município”.
Mas na última plenária realizada pelo diretório municipal do PT, a ausência de uma pré-candidatura feminina chamou a atenção e diferente da eleição de 2020, Cristina Costa não demonstrou interesse em concorrer internamente pela cabeça de chapa em 2024. “Muitos nomes foram colocados, algumas pessoas me perguntaram se eu iria, se viria uma uma mulher. Eu, prontamente coloquei, meu nome de está à disposição do partido, estou na executiva estadual fazendo um trabalho em nível de estado, principalmente aqui no Sertão onde a gente chegou a vice-presidência através da força dos diretórios municipais aqui do Sertão, mas a minha identificação muito maior é
Legislativo”, afirmou, ressaltando a importância de compor uma base de apoio na Câmara dos Vereadores para apoiar uma possível gestão aliada na Prefeitura de Petrolina.
Voltando a falar sobre a pesquisa que vai definir quem será o pré-candidato do partido, Cristina deu mais detalhes. “Essa pesquisa já está na rua e a gente vai ver o melhor nome. Aquele melhor nome que a sociedade absorver, que a população apoiar, pode ter certeza que vai ser o nome. E aí os companheiros prontamente aceitarão, de forma democrática, isso é o PT é o Partido dos Trabalhadores. (…) O que foi prego batido, o encaminhamento da nossa plenária foi que o sentimento do PT do município de Petrolina é candidatura própria”, mas lembrou ainda que além da pesquisa, as decisões da executiva nacional e a federação composta entre o PT, o PCdoB e o PV também tem influência nesse processo de escolha.
Questionada sobre as recentes agendas conjuntas com Julianelli Tolentino, e se haveria uma preferência pela indicação do superintendente do HU, Costa saiu pela tangente. Segundo a ex-vereadora, foi um pedido direto do presidente Lula que o partido buscasse a união interna em todos os seus diretórios e pensando nisso, ela tem dialogado com os grupos presentes no PT de Petrolina.
“Esse novo grupo (encabeçado por Julianelli Tolentino e Aristóteles Cardona), procurou se filiar ao Partido dos Trabalhadores, pensando numa perspectiva de fortalecimento para Petrolina, para o nosso partido e para defender a classe trabalhadora. Eles vieram compor junto com a gente e foi um um debate bem transparente com a nossa força, com Odacy, com o companheiro Gilmar e a gente tá buscando essa unidade dentro do partido. E aí esses colegas chegaram na perspectiva de colocar o nome, então, qualquer nome que está sendo discutido lá cabe a nós, principalmente eu que sou da executiva estadual como vice-presidente do partido, reforçar esses nomes e, internamente, o partido está com uma pesquisa e vai sair ali o melhor nome, o que mais agregar e que tenha condição de contribuir para fortalecer a nossa luta”, delimitou.