Na noite desta sexta-feira (17), o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, acompanhado pelo deputado Federal Fernando Filho e o estadual Antônio Coelho realizou a confraternização anual com a imprensa da região. Durante coletiva com os três políticos, um dos temas mais discutidos e questionados foi, inevitavelmente, a entrega da liderança do governo Bolsonaro no Senado pelo senador Fernando Bezerra Coelho após a derrota na disputa por vaga do Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com Fernando Filho, o sentimento de frustração é inevitável, uma vez que ficou a sensação de que o pai não foi avisado anteriormente de uma nova articulação para a vaga do TCU. ” A gente não pode dizer que não houve uma frustração. Eu particularmente, e não falo como filho, mas como quem acompanha ao longo destes 3 anos a atuação do senador sendo correto na defesa do governo, seja na CPI da Covid, o papel que ele desempenhou, agora mais recente a aprovação da PEC dos precatórios, a aprovação de André Mendonça ao STF. Eu penso que fazer acordos, articulações, isso é da política. Construir um entendimento de última hora é natural da política, acontece, porém, como líder do governo ele deveria ter sido avisado antes do que ocorreu”, argumentou.
Questionado pela reportagem do Nossa Voz se abriria mão da candidatura para uma possível candidatura de FBC à Câmara Federal, Fernandinho descartou a possibilidade e diz que essa pauta já foi motivo de conversa entre eles. “Já tive essa conversa com ele mesmo antes da história do TCU, quando decidimos encampar o projeto de Miguel ao Governo do Estado. Eu me coloquei a disposição para não disputar a eleição de deputado, porém, o senador decidiu que já está na hora de sair, fazer outros projetos, afinal, ano que vem ele completa 40 anos de vida pública. Mas isso não quer dizer que ele irá se aposentar ou deixar de fazer política, só não será com um mandato eletivo. Ele diz que é o momento de apostar na renovação e em novos quadros na política”, afirmou.
Por fim, Fernando Filho reiterou que não há tempo para se lamentar e que não haverá nenhuma movimentação de deslealdade, seja, de FBC ou dos irmãos. “Não adianta a gente ficar se lamentando, essa não foi a primeira vez e não será a última que na política a gente se depara com um revés. É saber sacudir a poeira e vida que segue. Do ponto de vista nosso não haverá nenhum movimento de deslealdade, de oposição ou de sair batendo, pois não é assim que a gente faz política. Vamos continuar defendendo pautas que a gente julgue como importantes, o senador só não precisa mais estar na linha de frente porque esse papel vai caber a outra pessoa”, finalizou.