Nesta quinta-feira (22) o superintendente do Hospital Universitário, Ronald Mendes participou do Nossa Voz e falou sobre a demanda do HU. De acordo com o representante da unidade hospitalar, desde que ele trabalha na hospital, em meados de 2009, a unidade funciona acima de 100% da capacidade. “Este ano de 2019 a demanda aumentou muito. Temos 190 a 220 pacientes, quando só deveríamos ter cerca de 132”, destacou Mendes.
De acordo com o superintendente, a falta de avanços no atendimento à saúde nos municípios que integram a Rede PE-BA (Pernambuco e Bahia) sobre carregam o hospital. “Por exemplo, há uma deliberação de 2012 que Senhor do Bonfim e Paulo Afonso começariam a operar”, no entanto o médico disse que até agora as cirurgias ortopédicas não saíram do papel nesses municípios da baianos. Por isso, só resta para a administração relatar essas situações ao Ministério Público Federal.
Na semana passada o Nossa Voz recebeu a reclamação de um paciente idosa de Senhor do Bonfim-BA que ainda não conseguiu a regulação para o HU. Segundo a denúncia da família, a justificativa seria que o hospital de Petrolina não estaria recebendo pacientes idosos, informação esclarecida pelo superintendente do HU. “A maioria dos nossos pacientes é de idade mais avançada. (…) A entrada de idosos nunca foi negada. O que pode acontecer é a gente atrasar a regulação, porque infelizmente, temos poucos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, justificou.
O superintendente ainda rebateu as críticas feitas pelo vereador Major Enfermeiro que disse chegou a dizer que não faltam recursos, mas sim falta gestão no HU. “A média de cirurgias de ortopedia era de 180, 190 mensais. Hoje nós temos 260, 270. No último mês, nós tivemos 285 cirurgias só de ortopedia. A nossa média mensal de todas as cirurgias é que 451 este ano. Então, a gente evoluiu muito. Nós recebemos o hospital com 11 especialidades médicas no ambulatório. Hoje nós temos 26. A gente faz quase três mil consultas por mês. À época eram 1.200. Eu acho que a comparação do Major [Enfermeiro] foi muito infeliz. (..) Os dados são públicos. (…) Nesses quatro anos, nós investimos quase 50 milhões em equipamentos”, pontuou Ronald.