Eleições são verdadeira de surpresas, nem todas eles agradáveis. Aqui em Petrolina este ano, parlamentares de mais de um mandato na casa não alcançaram a votação necessária para continuar atuando no ano que vem. No grupo do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, nomes como o de César Durando, Ronaldo Cancão (DEM) e Osinaldo Souza (MDB) ficaram na suplência, aguardando as decisões do chefe do executivo municipal.
Questionado pelo Nossa Voz se planeja convocar os eleitos para assumirem cargos na sua gestão, Miguel afirma ainda ser cedo para decidir, mas deu pistas concretas sobre suas intensões.
“Ainda é cedo, estamos ainda decantando a vitória (…). Mas o que eu posso dizer é que sim, esses vereadores estão na suplência, alguns deles terão a oportunidade de continuar trabalhando conosco na Câmara, não só por reconhecer a importância deles num debate lá na Casa Plínio Amorim, mas também por reconhecer o trabalho que eles vem prestando. Claro que, para que eles tenham a oportunidade, o mérito é de quem a gente vai chamar para somar. Então a gente não pode tirar essas virtudes que os vereadores eleitos tem para que, cada um no seu perfil, possam somar com a gente na gestão”.
Reforma administrativa
Sobre a possibilidade de uma reforma administrativa, Coelho não descarta, mas ressalta a afinação da equipe atual. “Existe o cansaço, quatro anos de uma gestão não são fáceis. A gente está aqui falando descontraído, mas é muita pressão, é muito arrocho. A população é muito exigente. Tem gente que se adapta bem, outros nem tanto, porém o sucesso dessa votação também é o sucesso da gestão. Então mereço compartilhar essa vitória com cada um dos nossos secretários, dos nossos cargos, de todos os servidores, todos os técnicos da gestão municipal porque só chegamos aqui porque tivemos a confiança, a dedicação e a entrega de cada um dos nossos colaboradores”.
Entretanto, fazer essa mudança não será um processo fácil já que as gestões municipais estão proibidas de criar novos gastos. “Essa mudança é um pouco mais delicada por conta da Lei do auxílio emergencial a gente não pode criar nada, só reajustar, mexer de um lado para o outro. Isso torna um pouco mais difícil de fazer isso, mas também se torna um desafio, vai ser um exercício bacana”.
Entre as adaptações possíveis está a cobertura da área de tecnologia. “Podemos até reduzir o número de secretarias. Por exemplo, podemos juntar uma secretaria com a outra. Uma área que está faltando uma secretaria nova é na área de tecnologia. Em Petrolina a gente investiu muito nisso com a BDI. A cidade é a primeira smart city de Pernambuco e do Nordeste e a gente precisa dar um foco nessa área da tecnologia e inovação. Talvez essa seja a alternativa”, ponderou Miguel Coelho.
