Delegado afirma que suspeito de matar dentista foi preso em Petrolina com as roupas da vítima

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Delegado Gabriel Sapucaia em entrevista no programa Nossa Voz afirma que a prisão do suspeito foi neste domingo (11). (Foto: Reprodução / TV Grande Rio)

Foi preso neste domingo (11), na Praça da Sementeira em Petrolina, o suspeito de matar o dentista Guilherme Nogueira, que foi encontrado morto na última segunda-feira (05) em sua residência com marcas de esganadura no pescoço. De acordo com investigações da Polícia Civil de Pernambuco, o homem trajava as roupas da vítima e não resistiu à prisão. 

O delegado à frente do caso, Gabriel Sapucaia, relatou em entrevista ao Nossa Voz o passo a passo da investigação que levou a identificação e prisão do suspeito. “Realizamos diligências ininterruptas no local do crime, análises de elementos informativos, câmaras de monitoramento e conseguimos concluir que a vítima havia saído da residência do domingo para segunda por volta de de 02h40 da manhã e posteriormente retornou na companhia do suspeito aproximadamente às 04h17 e pelas câmeras pode-se perceber que somente esta  pessoa havia adentrado na residência da vítima. Essa pessoa, por consequência, sai da residência por volta das 09h da manhã de segunda-feira. E após esse horário, ninguém mais entra na residência”, relatou.

A partir disso, outras informações levaram à sua localização. “E a partir daí, através de diligências encetadas conseguimos localizar o meio de transporte que esse investigado se utilizou para empreender fuga. Ao localizar esse meio de transporte, conseguimos chegar em algumas pessoas que eram conhecidas do investigado, por conta disso, as pessoas apontaram o investigado como sendo aquela determinada pessoa e conseguimos coletar informações acerca do seu paradeiro. Então, foram realizadas diligências ininterruptas desde a segunda-feira e no domingo, na data de ontem, conseguimos realizar a prisão preventiva do suspeito, o qual se encontrava na Praça da Sementeira na data de ontem”. 

Sapucaia ainda revelou que o suspeito, apesar de não apresentar resistência ao crime, permaneceu calado durante o interrogatório.”Ele não apresentou resistência. O que vale ressaltar é que no momento do seu interrogatório o mesmo manifestou seu direito Constitucional de permanecer em silêncio, não obstante às  provas que foram coletadas durante toda a investigação. Sobretudo as roupas que pertenciam ao Guilherme que foram encontradas na sua posse. Ele estava vestindo a camisa e calça que era de propriedade da vítima, do Guilherme Nogueira”. 

Mesmo assim, o silêncio do suspeito não reduz a robustez na continuidade do inquérito. “Ele se encontra recluso na Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, preso preventivamente por este crime. Os próximos passos da Polícia Civil são a questão da motivação, trazer  a questão da motivação relacionada a este crime. Então, elementos informativos estão sendo produzidos, estamos aguardando a realização da perícia para constatar se houve algum tipo de relacionamento entre autor e vítima para poder esclarecer  a motivação desta prática delituosa, mas o que pode-se afirmar, sem sombra de dúvidas, indubitavelmente é que ele é o autor do homicídio”.