O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento para apurar possíveis irregularidades no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por organizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O processo vai apurar possíveis ilegalidades na organização do Enem de 2021, especialmente acerca da fragilidade técnica e administrativa relacionadas às interferências na gestão do instituto.
A decisão do TCU foi tomada após um grupo de deputados federais ter se reunido com a ministra Ana Arraes, do TCU, para pedir a saída do presidente do Inep, Danilo Dupas. O tribunal deve analisar a solicitação dos deputados, e a relatoria é do ministro Walton Alencar Rodrigues.
No início de novembro, 37 servidores pediram demissão do Inep. Uma semana depois, em viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as questões do Enem “começam agora a ter a cara do governo”.
A Defensoria Pública da União (DPU) ajuizou uma ação para pedir que o INEP comprove que a segurança do Enem está mantida e que não há risco de fraude durante o exame, uma vez que pessoas estranhas tiveram acesso ao local de montagem das provas. A DPU também pede explicações a respeito das denúncias de interferência do governo no exame e da debandada de profissionais de carreira do Inep às vésperas da realização do Enem.