Técnicos administrativos da Univasf aderem à greve nacional e reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial

0

Em assembleia geral realizada na última quinta-feira (25), os técnicos administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) decidiram aderir à greve nacional da categoria. A paralisação, que teve início hoje (29), afeta os campi da Univasf em Petrolina(PE), Salgueiro (PE), Juazeiro (BA) e São Raimundo Nonato (PI).

Segundo Jader Carvalho, técnico administrativo, a greve é resultado das propostas insatisfatórias apresentadas pelo Governo Federal para reestruturação de carreira e ajuste salarial. “Já há um ano estamos em negociação com o governo, buscando um acordo que atenda às nossas reivindicações. A greve é o nosso último recurso para garantir as melhorias necessárias para a categoria e para a educação pública”, explica Jader.

As principais demandas dos TAEs incluem:

  • Reestruturação da carreira: A categoria não tem tido reestruturação da carreira há 20 anos, o que gera estagnação profissional e salarial.
  • Recomposição salarial: Os TAEs perderam mais de 50% do poder de compra nos últimos anos, devido à inflação e à falta de reajustes salariais adequados.
  • Revogação de atos normativos: Diversos atos normativos do Governo Federal prejudicam a educação e os direitos dos TAEs.
  • Recomposição do orçamento das universidades: O orçamento das universidades federais vem sofrendo cortes constantes, o que afeta a qualidade do ensino e dos serviços prestados à comunidade.

Apesar da greve, os TAEs garantem a manutenção dos serviços essenciais, como atendimento hospitalar, segurança e fornecimento de água e luz. “Estamos mobilizados para minimizar os impactos da greve para a comunidade acadêmica. Mas é importante que o governo compreenda a seriedade das nossas demandas e apresente uma proposta que atenda às nossas necessidades”, afirma Jader.

A Univasf reconhece a legitimidade do movimento grevista dos TAEs e se coloca à disposição para o diálogo. “A universidade está aberta ao diálogo e busca uma solução que atenda às demandas da categoria e minimize os impactos da greve para a comunidade acadêmica”, declara a reitoria da Univasf.