A deputada estadual Teresa Leitão participou do Nossa Voz desta quinta-feira (12) e comentou sobre o resultado do Processo de Eleições Diretas do PT (PED) realizado no último domingo (08). Foram eleitos os dirigentes municipais que ganharam também o poder de escolha dos delegados que vão eleger os dirigentes estaduais na segunda etapa das eleições do partido, no próximo mês de outubro.
Dos mais de 19 mil filiados votantes em Pernambuco, 7.217 mil estão alinhados com a chapa de Doriel Santos para comandar o Diretório estadual. Enquanto, 5.716 mil apoiam a continuidade de Glaucos Lima. Levando em conta que são seis chapas e que a chapa de Doriel está com 36,77% e a segunda colocada, a chapa de Glaucos Lima está em 29,12%, a eleição do PED estadual está longe de estar definida.
“O resultado do estado nos revela um equilíbrio muito grande nas forças do PT. Humberto Costa já foi hegemônico, já teve mais de 50%. Hoje nenhuma força tem mais de 50% na direção do PT estadual. Isto significa que tem que haver, constantemente, um processo de debate, um processo de negociação pra poder ser fazer maioria. E eu acho isso muito bom. A nossa chapa ficou em segundo lugar. Foi uma vitória”, analisou a deputada petista Teresa Leitão.
A parlamentar ainda destacou que o resultado não garante hegemonia. “Eu acho muito ruim esse tipo de discurso de que ‘eu ganhei’, ‘eu vou conduzir’ porque ninguém vai conduzir o PT sozinho. O PT vai ser conduzido por um processo de negociação, de diálogo. E eu acho isso muito importante pra o PT”, comentou Teresa Leitão.
Sobre os boatos de que houve uma mega estrutura empregada pelo grupo do senador Humberto Costa para alcançar êxito na primeira etapa do processo, a deputada preferiu não comentar, mas destacou que observou irregularidades. “O que eu observei e comprovei eu vou botar recurso. (…) Houve um vereador do PSDC, da base do prefeito de Paulista, que por acaso é a base do PSB, carregando gente, entrando na sessão eleitoral, usando uma combe da prefeitura. Aí nós temos prova, nos temos fotos, nos temos as atas onde as assinaturas não correspondem com o voto”.
Mudanças no PED
Teresa Leitão ainda adiantou que em 2021 será realizado, dentro do Partido dos Trabalhadores, um plebiscito que pode redefinir o PED. “O plebiscito vai avaliar se esse PED continua do jeito que ele está, se ele acaba e é substituindo por outra forma de eleição de dirigentes. Ou se ele passa a ser redirecionado”, explicou Teresa defendendo a reavaliação do formato do PED.