O programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) de Petrolina foi alvo de reclamações hoje (27) no Nossa Voz. Ouvintes estão na bronca tanto com relação à espera de cirurgias como o atendimento dispensado pelos funcionários do local.
Francisca Maria do N8, por exemplo, narrou que aguarda desde 2019 a cirurgia de próstata do esposo, Sr. Antônio Eneas, de 64 anos. “Deixei o encaminhamento desde 2019 e até hoje ficam só prometendo que irão ligar para marcar e até agora nada. Eu fui lá no local, encontraram a documentação, mas mandaram eu aguardar. Mas preciso que seja visto com urgência,pois meu esposo está precisando muito. Pelo tempo de espera, será preciso refazer os exames, o que já é muito dolorido para ele”, narra dona Francisca.
A Secretaria de Saúde de Petrolina informou que as cirurgias eletivas no Estado estavam suspensas por conta da pandemia, retornando somente neste mês de julho. “O Governo de Pernambuco suspendeu, através de decreto, todas as cirurgias eletivas, desde o início da pandemia no ano passado. Com o retorno agora neste m~es de julho, a Secretaria solicita que a acompanhante compareça ao setor de coordenação do TFD para que seja realizado o encaminhamento necessário para a cirurgia do senhor Antônio.
Outra ouvinte, também de nome Francisca, moradora do Roçado e acompanhante da mãe, Neuzanir Braga, que faz tratamento de câncer, narrou que por não ter conseguido telefonar para o TFD e realizar a confirmação de viagem, foi presencialmente ao local, porém, saiu de lá constrangida após ter sido maltratada por um funcionário. “Eu tentei explicar a um senhor que fica no atendimento que não consegui telefonar por morar na zona rural. Ele se revoltou querendo me provar que o telefone do TFD funcionava, chegou até a esfregar um aparelho celular no meu rosto. Achei desnecessário o tratamento, uma vez que nós já chegamos debilitados, preocupados por ter um familiar doente. Em nenhum momento eu quis culpar que o telefone não funcionava, mas fui destratada na frente de todos”, disse.
Com relação ao relato de Francisca do Roçado, a secretaria pediu desculpas pelo ocorrido, reiterou que não é o atendimento preconizado pela prefeitura e que tomará providências para que casos como este não voltem a ocorrer.