O clima foi tenso na reunião de Vereadores de Trindade nessa tarde de terça-feira (13). A Casa Osmundo Granja Modesto ficou lotada de eleitores e curiosos, acompanhando a atuação dos legisladores, sobre o pedido de afastamento do prefeito Éverton Costa (PSB) pelo Ministério Público de Pernambuco.
A denúncia, divulgada no início da semana, trata da falta de repasses para o Fundo Municipal de Aposentadorias e Pensões (FUMAP), que está com pendências financeiras de R$ 3,200 milhões.
O gerente do setor previdenciário de Trindade, Antônio Marcos Delmonde Leite, até tentou um espaço para explicar a situação na Tribuna, mas não conseguiu solicitar a tempo. No entanto compareceu a reunião com equipe para ouvir os questionamentos dos parlamentares.
O vereador Serra Branca (PSL) reclamou que o gerente já tinha sido convocado outras vezes para falar sobre o assunto, mas nunca compareceu. “Nunca disse e nem vou dizer que você apropriou-se de nenhum tostão do FUMAP, mas praticou o crime de omissão, porque deixou de comunicar a quem de direito. Deixou de comunicar ao Ministério Público, deixou de vir a esta casa legislativa quando foi convocado por todos os vereadores para dizer que você não era omisso em relação ao FUMAP”, comentou.
O vereador irmão Everaldo do PSB, aliado ao governo defendeu o direito de resposta e a participação de Antônio Marcos. “Nós sabemos que essa casa nem sempre é cheia. Sabemos que o povo está aqui por causa de um esclarecimento. E nós fomos agraciados, porque o gerente se prontificou estar aqui nesta tarde para falar a respeito. Sabemos o regimento da Câmara, mas, em meu modo de pensar, se tivéssemos aberto uma exceção o povo ia sair daqui esclarecido”, pontuou Everaldo.
O presidente da Câmara, Ubirajara Araripe, disse que não é possível passar por cima de um regimento da casa para atender mesmo que seja nestas condições. O gerente do Fundo Municipal de Aposentadorias e Pensões, Antônio Marcos Delmonde, não concedeu deu entrevistas.