Um mês após confirmação das primeiras mortes por dengue, BA tem 17 óbitos, vacinação lenta e 65% das cidades em epidemia; veja cenário

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Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em Campinas

Trinta e três dias depois do registro das primeiras mortes por dengue na Bahia, o estado tem 272 dos 417 municípios em epidemia da doença (65% das cidades baianas) e já contabiliza 17 mortes de pacientes.

Diante desse cenário, os municípios baianos têm reforçado ações para atender o aumento de casos e, consequentemente, a pressão nos sistemas de saúde.

Em Salvador, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se uniu ao Exército para combater o Aedes aegypti, agente transmissor da dengue, e também da zika e chikungunya.

272 municípios da Bahia estão em estado de epidemia de dengue. Outras 34 cidades estão em risco e sete em alerta. A Bahia possui um índice de letalidade por dengue girando em torno de 1,47%, enquanto a média nacional é de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença.

Medidas tomadas pelo Estado

A Secretaria da Saúde da Bahia tem alertado os municípios para a necessidade de ampliação do horário de funcionamento de unidades básicas de saúde (UBS).

De acordo com a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, estão sendo enviados ofícios para as prefeituras pontuando a importância de as unidades básicas estarem prontas para dar assistência àqueles com sintomas de dengue e em horário estendido.

“O tratamento da Dengue é relativamente simples, mas é importante que profissionais acompanhem o paciente e que a pessoa busque uma unidade de saúde assim que apresentar algum sinal ou sintoma da doença”, afirmou.
O Governo da Bahia informou que investiu mais de R$ 19 milhões no combate à dengue, através de aquisição de novos carros de fumacês, distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os agentes de Combate às Endemias, além de apoio para intensificação dos mutirões de limpeza com o auxílio das forças de segurança e emergência e aquisição de medicamentos e insumos.

A Sesab ainda tem promovido ações de teleconsultoria para auxiliar o manejo clínico dos pacientes na atenção básica.

Imunização considerada lenta

Conforme os dados divulgados pela Sesab, 72.114 pessoas das 170 mil pessoas que fazem parte do público-alvo (criança com idades entre 10 e 14 anos) se vacinaram contra a doença até segunda-feira (18). A secretaria Roberta Santana avaliou que a imunização contra a doença ainda está em ritmo lento.


“Precisamos de um maior empenho da nossa população para que os adolescentes possam receber as doses da vacina. É de fácil acesso, de graça e protege uma faixa etária que, de acordo com os estudos do Ministério da Saúde, tem sido a mais afetada nos últimos anos”, disse Roberta Santana.

Fonte: G1 Bahia