“Uns chegam, outro vão, é natural”, diz Miguel Coelho sobre saída de Priscila Krause do DEM

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O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, entrou no Democratas e foi, por pouco tempo, correligionário de Priscila Krause. A deputada estadual desembarcou do partido nesta terça-feira (9), após 27 anos de militância.

Miguel falou sobre a saída de Priscila durante o Debate na TV Nova Nordeste e disse ser natural. “Temos de destacar a história que Priscila construiu, militante, vereadora, deputada estadual, fui deputado com ela por dois anos na Alepe, e se iniciou uma relação. O que aconteceu é algo natural, de um processo de fusão que está acontecendo e ela coloca como fator preponderante na saída por entender que nessa fusão haverá sinergias com quadros do DEM e do PSL, formando o União Brasil, e ela não se sentiu identificada com esse movimento“, disse o prefeito.

Priscila pode seguir para o PSDB, onde deve trabalhar pela candidatura de Raquel Lyra ao Governo de Pernambuco, mas ainda não definiu se esse será realmente o caminho. Especulações de que ela sairia do DEM começaram a surgir desde que a agremiação decidiu fundir-se com o PSL e o prefeito Miguel Coelho chegou à legenda para lançar sua pré-candidatura a governador de Pernambuco.

Diante da extinção do Democratas, resultado da fusão com o PSL, decidi não fazer parte do novo partido. Não me enxergo participante do processo. Assim, comunico que no prazo previsto em lei, me desfiliarei“, afirmou Priscila, em comunicado oficial.

Miguel não relacionou sua chegada ao DEM à saída de Priscila e destacou que ambos continuarão fazendo oposição ao PSB em Pernambuco, mesmo que estejam em partidos distintos. “É natural, alguns chegam, outros vão. Foi algo bem pensado por ela (Priscila Krause), não é decisão simples, respeitamos e desejamos sucesso nessa nova jornada partidária. Mas vale a pena destacar que Priscila não precisa de partido A, B ou C para poder dar sua contribuição, seja à oposição ou à política pernambucana. Ela é um dos grandes quadros do Estado“, comentou.

Durante o debate na Nova, Miguel foi questionado se o desembarque de Priscila indica divisão na oposição. Ele negou. Hoje, um dos grupos de oposição ao PSB é o de centro-direita, formado com partidos como PL, PSDB, DEM e PSC. Nesse conglomerado de siglas, além de Miguel, Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão, e Raquel Lyra, prefeita de Caruaru, podem ser candidatos a governador.

No entanto, Raquel e Anderson formaram um bloco à parte recentemente, no qual Priscila deve embarcar. Ainda assim, Miguel diz que ter dois palanques será positivo para o grupo. “A oposição está unida em torno do projeto comum que é mudança. É Muito cedo para definir nomes, estamos a seis meses da desincompatibilização e a quase 10 meses da eleição. Há tempo se optar por duas candidaturas consolidadas fortes, é certo que haverá segundo turno. A estratégia é de coletivo e destacamos que ninguém pode participar defendendo só o ‘eu’, precisa pensar o ‘nós’, um projeto para Pernambuco”, disse.

Animado

Mesmo com Raquel e Anderson caminhando mais juntos, Miguel diz que o seu partido, o DEM, está “muito bem, animado e otimista“. Ele aponta que, com a fusão, pessoas estão chegando para se filiar ao União Brasil. Ele aponta que prefeitos e vice-prefeitos iniciam esse processo de migração à nova legenda, que ainda carece de convalidação das atas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Sobre novos deputados, trabalhamos para fazer uma ampla chapa. O União espera eleger na faixa de faixa de oito a dez estaduais e de três a cinco deputados federais“, comentou. (Fonte: JC Online)