O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou, nesta quarta-feira (9), que a vacinação em massa no Brasil contra a Covid-19 poderá começar ainda neste mês de dezembro ou em janeiro, com o imunizante produzido pela Pfizer/BioNTech. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil.
De acordo com o ministro, o início da vacinação vai depender dos pedidos de uso emergencial por parte das empresas e da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer entre o final de dezembro e janeiro em quantidades pequenas, que são de uso emergencial. Pode acontecer com a Pfizer, com o Butantan ou com a AstraZeneca”, disse o ministro.
“Se chegar em janeiro o registro teremos doses da Pfizer e da AstraZeneca e o Butantan também se conseguir”, acrescentou Pazuello, informando que, no momento, o País tem garantidas 15 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e 500 mil da Pfizer.
“É bem provável que entre janeiro e fevereiro estejamos vacinando a população brasileira”, disse Pazuello.
Plano Nacional de Imunização
O ministro ainda adiantou que o plano de imunização do Brasil contra a Covid-19 foi montado com vários grupos temáticos durante três meses. “O plano faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) e já está com seus grupos definidos: idosos, pessoas com comorbidade e profissionais de saúde. Existe uma sequência exata desses grupos”, disse Pazuello.
O plano tem toda a logística montada. “O nosso PNI já é o maior programa nacional de imunização do mundo. Temos essa expertise, o SUS trabalha de forma tripartite com estados e municípios, cada um já tem sua função dentro deste programa”, acrescentou o ministro.
Pazuello ainda ressaltou que as doses da vacina serão distribuídas por malhas rodoviária e aérea. Para isso, contratos estão em fase de finalziação com companhias aéreas.
“Os estados recebem, fazem as ações nas capitais e fazem a distribuição no interior, para os municipios, que executam a vacinação. O plano envolve os três níveis de governo, o que faz com que as velocidades das ações seja a mais rápida possível. É o plano para manter o Brasil imune do coronavírus de forma nacional. Nosso país jamais será dividido”, completou Pazuello.