Valor afetivo da data é um dos principais motivos apresentados para uma maior busca de produtos que são característicos do período
Este é um período propício para as vendas de chocolates, comidas e bebidas, produtos geralmente consumidos na Páscoa. O varejo de Juazeiro (BA) espera crescimento nas vendas na data, perspectiva também da Fecomércio para todo o Estado.
Com o período pascoal, o comércio varejista nutre expectativas positivas para as vendas do setor alimentício projetando a comercialização robusta, impulsionadas pelo espírito festivo e pelas tradições da época. Além disso, os empresários esperam um faturamento superior ao registrado na Páscoa de 2024, sinalizando um cenário de crescimento para o setor.
De acordo com o levantamento da Fecomércio BA, com base nos dados do IPCA, houve aumento de 14,41%, em um ano, nos chocolates em barra e bombom, e de 10,24% dos chocolates e achocolatado em pó. Mas não impede que as perspectivas de vendas sejam positivas, já que há um registro da ampliação da oferta mundial do cacau. Ainda segundo dados da Federação, quando analisado, de maneira geral, a cesta da Páscoa, com itens selecionados pela Fecomércio BA, tem variação menor do que a do levantamento do ano passado, de 2,26% contra 5,86%. Um item de destaque, entre os ingredientes para a refeição da Semana Santa, é o arroz, insumo que está, em média, 7,61% mais barato do que em 2024. Ele é o que pesa mais no índice. Outras quedas foram vistas na batata-inglesa (-33,91%) e na cebola (-32,87%), o que ajuda no bolso na hora de compor o prato típico de pescado, que registra um aumento médio de 4,87% em um ano. Ingredientes como o alho, pontua um aumento de 41,49% e o tomate, 10,75%. O azeite, que no ano passado sofreu um aumento médio de 36,93%, neste ano sobe 14,11%, seguindo com preço salgado ao consumidor. Quem também acelerou foi o ovo de galinha, de 4,23% para 7,82%.
A perspectiva é que apesar dos altos preços dos produtos, entre o dia 27 de fevereiro e 16 de abril, venda de produtos habitualmente consumidos pelos brasileiros neste período, seja intensificada. “Apesar dos altos preços dos produtos: comidas, chocolates e bebidas, existe um valor afetivo agregado ao período, que mantém o otimismo e a esperança do nosso empresariado para um aquecimento do comércio e o consumido mais forte”, frisa Paulo Henrique Barreto, presidente do Sindilojas Juazeiro.
Paulo Henrique Barreto informa também, que a Páscoa deste ano exigirá um esforço a mais dos consumidores na compra dos chocolates, mas o cenário geral é mais favorável do que em 2024. “Embora o preço dos produtos tenha aumentado em comparação com o ano passado, a perspectiva é de crescimento no volume de vendas”, conclui Paulo Henrique Barreto.
Mônia Ramos- Jornalista ASCOM
