Vendas no varejo em Pernambuco têm queda de 1,7% em agosto, terceiro pior resultado do país

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Woman shopping in a supermarket

Foto: Pixabay

O mês de agosto foi de resultados negativos para o comércio varejista em Pernambuco. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (7) pelo IBGE, o estado teve queda de 1,7% no volume de vendas do varejo no período. É o terceiro pior resultado do país, atrás apenas de Rondônia (-1,9%) e Sergipe (-2,2%). No país, por outro lado, a queda foi de 0,1%, resultado próximo à estabilidade.

Na comparação entre agosto de 2022 e o mesmo período do ano passado, o estado teve retração de 5,1% no setor de serviços, a segunda maior do país, superada apenas pelo Rio de Janeiro (-6,7%). No Brasil, pelo contrário, houve alta de 1,6%. Já no acumulado do ano, a queda foi ainda maior, de 5,3%, o pior resultado entre todos os estados brasileiros, enquanto o Brasil registrou um avanço discreto de 0,5%. Na variação dos últimos 12 meses, o recuo em Pernambuco foi de 6,5%, o segundo pior desempenho do Brasil. A nível nacional, a queda foi menos intensa (-1,4%).

Comércio varejista ampliado caiu 2,4% em agosto

As vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, e de material de construção, tiveram retração de 2,4% em agosto. No Brasil, o recuo foi menor, de 0,6%.

Entre agosto de 2022 e o mesmo mês de 2021, Pernambuco teve queda de 13,3% no comércio varejista ampliado, percentual mais baixo do país. A nível nacional, a queda foi de 0,7%. No acumulado do ano, o recuo foi de 7,6% no estado, novamente o pior resultado do país, contra uma retração de 0,8% no Brasil. Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve uma mudança: a queda em Pernambuco (-1,7%) foi inferior à brasileira (-2%).

Das dez atividades varejistas investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, três tiveram alta em agosto de 2022 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Combustíveis e lubrificantes estão na frente, com alta de 15,9%, seguidos por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,9%). Os destaques negativos foram Veículos, motocicletas, partes e peças (-27%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-24,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-18,9%).

No acumulado de janeiro a agosto de 2022 frente ao mesmo período de 2021, quatro segmentos tiveram índices positivos. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação estão em primeiro lugar, com alta de 31,3%. Livros, jornais, revistas e papelaria (12,1%) estão na segunda posição. Os índices negativos são encabeçados por Móveis e eletrodomésticos (-18,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-15,3%).

No acumulado dos últimos 12 meses, de setembro de 2021 a agosto de 2022, os melhores resultados ficaram com Equipamentos, materiais para escritório, informática e comunicação (21,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (12,8%) e Veículos, motocicletas, partes e peças (11,2%). Móveis e eletrodomésticos (-23,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,4%) registraram os recuos mais acentuados.

(Ascom IBGE)