Detido na manhã de hoje (05) no âmbito da Operação “Romani”, o vereador Gaturiano Cigano, um assessor e um parente já foram encaminhados para a Penitenciária Dr. Edivaldo Gomes, em Petrolina. Já os policiais militares alvos dos mandados de prisão expedidos pela Comarca de Mirandiba-PE, estão custodiados no 5º Batalhão da Polícia Militar de Petrolina. A audiência de custódia dos suspeitos acontecerá nesta terça-feira (06).
De acordo com o delegado, Marceone Ferreira, integrante da força tarefa criada para investigar o caso, a ação vem em resposta de uma tentativa de homicídio ocorrida em fevereiro deste ano e que chamou a atenção das autoridades e temor entre a população.
“Isso foi uma resposta que a Polícia Civil deu, em decorrência da ação desta organização em uma tentativa de homicídio que ocorreu na cidade de Mirandiba, em fevereiro deste ano, onde alguns elementos fortemente armados tentaram contra a vida de um desafeto deles, na cidade de Mirandiba-PE. Não obtiveram êxito na consumação deste crime porque a vítima correu para a delegacia de polícia da cidade e houve troca de tiros entre esses investigados e policiais civis que estavam na delegacia. Hoje, as investigações estão ainda em andamento, mas a gente já deu cumprimento desses mandatos de prisão e de busca para que a gente possa, em um curto período de tempo, concluindo as investigações”.
Até o momento, cinco pessoas foram detidas: o vereador, um assessor, um parente, dois policiais militares, um da ativa e um já reformado de Petrolina. “Isso demonstra que a polícia precisa fazer as investigações tirando de circulação seja quem for. Muitas vezes cortando na própria carne para que possamos trazer mais tranquilidade para a população”.
Questionado se o parlamentar teria participado efetivamente das tentativas de homicídio, Marceone detalhou que “as investigações apontam neste sentido”. “Há ainda algumas diligências a serem concluídas pela força tarefa que foi montada, de delegados, para fazer esta investigação, mas inicialmente, elas apontam neste sentido”.
Vale ressaltar que, por hora, as detenções são temporárias. “A prisão é temporária, incialmente por 30 dias e que após isso a investigação vai verificar a necessidade de prorrogar esta prisão ou de um eventual pedido de conversão e preventiva ao Poder Judiciário, ao Ministério Público. Os investigados que não são policiais militares, já foram recolhidos à Penitenciária Dr. Edivaldo Gomes e os policiais militares estão custodiados pela Polícia Militar, pelo Batalhão aqui de Petrolina. Todos passarão pela audiência de custódia amanhã e após isso ficarão à disposição da Justiça”.
Sobre os motivos que levaram à prisão preventiva dos suspeitos, Marceone elencou os motivos que levaram a Justiça a deferir a solicitação pela pela PCPE. “Primeiramente, a ação, a periculosidade do grupo. Como eu falei, uma ação que houve troca de tiros com policiais civis na Delegacia de Mirandiba. Três tentativas de homicídios que ocorreu na data do fato. O armamento, fuzis que foram apreendidos. Este mesmo grupo já foi preso pela Polícia Federal, mas foram presos por uma outra investigação da PF e agora estão presos por essa ação, por esses crimes que aconteceram na cidade de Mirandiba”, reforçou.
Contatada, a defesa do vereador Gaturiano afirmou se pronunciará em breve.