Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Petrolina realizada nesta terça-feira (15), no auditório da Fundação Nilo Coelho — onde o plenário funciona provisoriamente durante a reforma da sede legislativa — o vereador Zenildo Nunes, o Zenildo do Alto do Cocar (PDT), fez um apelo à governadora Raquel Lyra (PSDB) pela implantação de um Hospital do Coração no município.
Em um discurso contundente, Zenildo destacou o drama vivido por pacientes que aguardam, por procedimentos como cateterismo, troca de válvulas cardíacas e cirurgias como ponte de safena. O vereador criticou o que considera uma falha grave do governo estadual em não estruturar a rede pública de saúde cardiovascular no Sertão do São Francisco.
“São milhares de pessoas esperando em casa, muitas vezes à beira da morte, por um procedimento que não é realizado porque o Estado não paga os profissionais ou não oferece a estrutura necessária”, afirmou o parlamentar. Ele lembrou que o Hospital Memorial de Petrolina, principal unidade conveniada ao SUS para esses atendimentos, conta com apenas cinco leitos credenciados e não consegue absorver a demanda da região.
Zenildo também chamou atenção para a ausência de um equipamento de hemodinâmica na cidade — tecnologia essencial para o diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas. “Enquanto em municípios menores, como Serra Talhada e Araripina, o aparelho já está funcionando, Petrolina continua sem essa estrutura básica”, pontuou.
Segundo o vereador, quando n outra unidade de referência, o Hospital Promatre em Juazeiro, o equipamento disponível quebra ou apresenta falhas, os pacientes precisam ser transferidos para Caruaru, Recife ou até Salvador. “Muitos infartam e morrem à espera de regulação. Outros sequer conseguem chegar com vida ao destino”, lamentou.
Ele ainda fez um apelo direto aos deputados federais Fernando Filho (União Brasil) e Lucas Ramos (PSB), pedindo que encaminhem emendas parlamentares para que o Hospital do Coração do Vale do São Francisco seja, enfim, uma realidade. “Temos médicos renomados aqui, não é falta de profissional, é falta de estrutura e de vontade política. A população está morrendo”, concluiu. (Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP)
