A vereadora Maria Helena de Alencar participou de entrevista no estúdio do programa Nossa Voz nesta semana, onde comentou sobre suas ações na Câmara Municipal de Petrolina e, principalmente, sobre o lançamento do Sistema Municipal de Cultura, que agora conta com o Mapa Cultural da cidade.
Ela destacou que a construção do sistema cultural municipal é uma reivindicação antiga da classe artística. “Estive com o prefeito Simão Durão, e a quem eu quero mandar meu abraço em nome de toda a classe artística, que tanto me procura e que, ao longo de todos esses anos, tentava ver em Petrolina um sistema cultural organizado. Agora nós temos esse sistema. Trabalhamos muito em cima dele, auxiliamos, cobramos. Primeiro cobramos, depois auxiliamos enquanto poder legislativo. Aprovamos todo o sistema de cultura de Petrolina, desde o conselho até o fundo municipal de cultura. Agora, ineditamente, inclusive, eu ouvia dele dizendo que o próprio Ministério, numa reunião online que eles tiveram, elogiou publicamente a cidade de Petrolina por já ter documentado juridicamente e institucionalmente o sistema montado.”
Segundo a vereadora, o lançamento da plataforma digital do Mapa Cultural representa uma conquista importante. “Fizeram uma plataforma. Nós temos agora uma plataforma onde todos os artistas aqui de Petrolina podem estar se cadastrando para poder fazer uso de todo o sistema, através das leis de incentivo, através da própria disponibilidade de ações da prefeitura. É um sistema completo. E todos estão sendo convidados a se inscreverem, a terem seus nomes, de quem tem empresa de produção, grupo de teatro, grupo de dança ou qualquer que seja a expressão cultural. Está à disposição de todos agora o sistema cultural, através da plataforma do nosso mapa cultural.”
Maria Helena ressaltou que o sistema é inédito em Petrolina. “Até bem pouco tempo atrás, se ressentia de não ter nada, nenhum conselho devidamente organizado. Agora nós temos desde o conselho, ao fundo e, agora, ao mapa cultural que vai dar guarida, conforto e a possibilidade do artista poder falar das suas produções, em qualquer que seja a expressão cultural.”
Ela ainda reconheceu o papel da gestão municipal e da classe artística na construção do sistema. “Eu gostaria muito de reconhecer isso publicamente: da gestão pública e, principalmente, da classe artística. É ela que cobra. Prefeitura, gestão pública, poder legislativo, trabalham muito em cima da cobrança, da exigência. Por isso que Petrolina hoje vem se evidenciando como uma cidade de vanguarda.”
Durante a entrevista, Maria Helena também elogiou o papel do programa Nossa Voz. “É bom ressaltar isso, que o programa Nossa Voz tem um papel preponderante quando abre esses espaços. É um vasto campo onde, durante duas horas, a população em qualquer área tem essa interlocução. E a gente não pode deixar de fazer essa referência, a prioridade, a percussora que foi o programa Nossa Voz desde o início dos anos 2000, que eu já sou vereadora e acompanho essa rádio.”
A parlamentar também relembrou sua passagem pela Secretaria de Cultura durante a gestão do ex-prefeito Miguel Coelho. “Eu fico feliz em você me lembrar isso. A gente não pode deixar de fazer referência ao governo de Miguel Coelho. Ele me chamou para ser secretária. Passamos lá um ano e seis meses, mais ou menos. Era uma equipe tão pequena. Nós tínhamos o quê? Oito, nove pessoas. E já levávamos pautas importantes. Tentamos criar o conselho. À época, a classe estava muito ressentida, e não foi possível o diálogo naquele momento. Mas sempre nos reunindo. A organização do conselho ficou para a segunda gestão de Miguel, quando eu já não estava mais lá.”
Ela também recordou avanços promovidos durante sua gestão, como o fortalecimento da Orquestra Sinfônica 21 de Setembro. “Em setembro, a partir de uma determinação minha, assinamos um convênio para que a Orquestra Sinfônica de Petrolina saísse e utilizasse a expertise que todos tinham. Na época, o maestro Fernando ainda era vivo. Fizemos uma coisa muito bacana.”
Maria Helena mencionou ainda o aumento na premiação dos concursos de quadrilhas. “De primeiro, as quadrilhas só recebiam o troféu. Quando nós entramos, triplicamos a premiação. Quando vi que só era R$ 2 mil, passamos logo para oito. Isso motivou mais ainda a participação.”
A vereadora reforçou que a próxima etapa é garantir orçamento para que o sistema funcione plenamente. “Agora, claro, vamos cobrar orçamento para que esse sistema saia efetivamente do papel.”