Vereadores debatem abastecimento de água e aliado do governo do estado diz que rodízio é boato alimentado pela Prefeitura de Petrolina 

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Durante a sessão desta terça-feira (17), os vereadores de Petrolina debateram a possibilidade do fornecimento de água na cidade acontecer através de um sistema de rodízio. A informação circula desde a semana passada, quando integrantes da Compesa (responsável pela execução do serviço), da Agência Reguladora Municipal de Petrolina (Armup) reuniram-se com a promotora de Justiça, Ana Paula Nunes Cardoso, na buscar  de uma solução para a falta d’água, que ocorre de forma crônica nos bairros Henrique Leite e adjacências, assim como no Pedra Linda e nos Residenciais Novo Tempo. 

Para a vereadora Maria Elena, não existe uma justificativa plausível para essa situação diante das condições favoráveis à captação e fornecimento de água tratada no município. Por isso, a parlamentar afirmou que vai solicitar à mesa diretora a realização de uma audiência pública que convocará a Compesa para prestar esclarecimentos para a população. “Nunca vimos isso. Temos um Rio São Francisco robusto, maravilhoso, às margens da cidade de Petrolina. Nós temos uma arrecadação que vai de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões por mês, temos estação de tratamento de água. Nada justifica, se ventilar a possibilidade de fazer um rodízio. Pelo contrário, nós temos é que fazer com que o abastecimento de água seja normalizado”, ponderou Elena . 

O vereador Wenderson Batista concordou com a iniciativa da colega e demonstrou desagrado com as informações que recebeu sobre o suposto comportamento do gerente regional da Compesa, Alexandro Chaves, durante a já citada reunião com o Ministério Público. “Ontem na reunião com Ministério Público, deu bravo. Já veio orientadozinho. Vai ‘dar bom’ para ele aqui. Vamos ver se ele será bom aqui na audiência pública, na vista de todos os poderes. Porque ele poderia ter, pelo menos, respeito com a cidade. Vem de fora, importado, e ainda vem cheio de direito”, reclamou. 

Gilberto Melo tratou a falta d’água com ironia, comparando a população do Residencial Novo Tempo, que cavou a tubulação para conseguir obter um pouco de água para consumo com o “tatu bola”, embora essa seja uma espécie que não cava. Já o tatu-peba pode cavar buracos de até 2 metros (para saber mais clique aqui). 

Atento ao discursos dos colegas, o vereador Ronaldo Silva afirmou que a informação lançada sobre o abastecimento de água através de rodízio em Petrolina não passou de boatos espalhados por integrantes da gestão municipal a partir da distorção de informações repassadas durante a reunião com o Ministério Público.

“A promotora perguntava naquele momento o que se poderia fazer para amenizar um pouco o sofrimento do povo do Henrique Leite, não era nem de toda a Petrolina. E o gerente disse: ‘podemos viabilizar um estudo de rodízio’. Então, isso não é uma afirmação. E por irresponsabilidade de alguém da Prefeitura, que colocou uma nota nas redes sociais dizendo que a Compesa faria rodízio em Petrolina, [a informação se espalhou]. Isso é irresponsabilidade. Você imagina se o povo se revolta e vai para a Compesa para agredir seus funcionários? Vamos ter responsabilidade, vamos tratar as coisas com mais seriedade. O prefeito agora vive dentro dos buracos da Compesa. Ao invés disso, deveria unir forças para irmos para a Recife, para a presidência da Compesa buscar algo que possa resolver esse problema que existe há muito tempo em Petrolina”, criticou Silva. 

O líder do governo, Diogo Hoffmann, entretanto, reafirmou que o rodízio no abastecimento de água em Petrolina foi a solução apresentada pela Compesa para a falta d’água de Petrolina e foi mais um a apresentar um requerimento solicitando uma audiência pública que convocará a Companhia Pernambucana de Saneamento a prestar contas na Câmara Municipal.