Na noite de ontem (1º), após a cerimônia de posse dos eleitos em Petrolina, os vereadores se reuniram na Fundação Nilo Coelho, onde funciona provisoriamente o plenário da Câmara Municipal, para eleger a mesa diretora. A eleição, que deveria ser tranquila, foi marcada por surpresas e polêmicas.
A sessão começou com o presidente em exercício, Manoel da Acosap, anunciando a candidatura única de Aero Cruz para a reeleição. No entanto, o vereador Osório Siqueira interrompeu o anúncio, apresentando uma chapa dissidente, composta por ele como presidente e Gilberto Melo como vice.
Interrupções e disputas
Diante da nova chapa, o vereador Diogo Hoffmann, aliado de Aero Cruz, pediu um intervalo de 20 minutos para alinhamento. A solicitação foi contestada pelos aliados de Osório, que argumentaram que, segundo o regimento interno, o recesso deveria ser aprovado pelo plenário. Mesmo assim, o intervalo foi concedido, permitindo articulações entre os parlamentares.
Após o retorno, Aero Cruz solicitou mais dois minutos para uma última conversa com sua chapa. Ao voltar ao plenário, anunciou a retirada de sua candidatura, deixando Osório Siqueira como único candidato. A decisão gerou vaias do público presente, enquanto os integrantes da chapa de Aero, incluindo Rosarinha Coelho, optaram por se abster na votação.
Eleição e desdobramentos
Osório Siqueira foi eleito presidente da Câmara com 12 votos. A nova mesa diretora será composta por Gilberto Melo (vice-presidente), Josivaldo Barros, Capitão Alencar, Gabriel Menezes, Wanderley Alves e Diego Serra.
Mesmo após o resultado, novas polêmicas surgiram. Os apoiadores de Osório exigiram que Manoel da Acosap declarasse nominalmente o vencedor, como exige o regimento interno. Inicialmente relutante, Manoel cumpriu o protocolo com a ajuda do presidente eleito.
A nova mesa diretora inicia seu mandato com a missão de conduzir os trabalhos legislativos de Petrolina pelos próximos dois anos.