Comerciantes de Petrolina voltaram a se manifestar nesta sexta-feira (19) contra o decreto estadual nº 50.433 que prevê o fechamento do comércio e serviços não essenciais em Pernambuco. Mobilizados desde da última segunda-feira (15), quando a medida foi anunciada pelo governador Paulo Câmara, eles buscam apoio junto ao prefeito Miguel Coelho para que em Petrolina a situação seja revertida, dando manutenção as atividades desenvolvida pelos integrantes desses setores.
Com faixas, cartazes e bandeiras do Brasil, eles se posicionaram em frente a Prefeitura Municipal, na Praça Maria Auxiliadora e recebem o apoio dos motoristas que passam buzinando e acenando positivamente.
Ontem (18), os protestos ocorreram em frente as lojas do Centro da cidade e contaram com a fiscalização intensa da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, além de agentes de trânsito.
“Prefeito, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”, gritavam os manifestantes que também utilizaram apitos para chamar a atenção para a mobilização.
Em sua rede social, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, respondeu a um dos seus seguidores que questionou se ele “vai ser omisso e deixar que o Governo Estadual DITE o que pode ou não funcionar em Petrolina? Vai ser omisso e permitir que empresas, que já enfrentam dificuldades, falir? Vai ser omisso e permitir que a fome e a miséria assole os Petrolinenses?”
“Petrolina nunca teve lockdown… Tivemos a suspensão das atividades em um período de quarentena, como estamos hoje, seguindo as recomendações dos decretos estabelecidos pelo Governo do Estado. Isso foi adotado para evitar a disseminação da doença na cidade, e foi uma decisão que mostrou-se correta, pois levamos meses até apresentarmos uma crescente no número de casos. Os primeiros decretos passaram a vigorar em 18 de março, e o primeiro caso foi confirmado 5 dias depois. 2 meses depois, em 15/05, ainda eram 107 casos confirmados. Até hoje, permanecemos como a cidade com a menor taxa de óbitos entre os maiores municípios de Pernambuco e como a segunda entre as maiores cidades do Nordeste, graças a muito trabalho e também à colaboração de grande parte das pessoas. Abs!”, publicou Coelho.