A pandemia trouxe muitos desafios para a educação no Brasil. As escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco retomaram, na quarta-feira (21/10), as suas atividades presenciais. Neste primeiro momento, somente alunos do terceiro ano do Ensino Médio estão tendo aulas nas escolas. Neste período, o retorno ocorreu apesar da greve dos professores e após mais de sete meses de paralisação, onde as aulas haviam sido suspensas em 18 de março em razão da pandemia de Covid-19. Em 6 de outubro, alunos concluintes voltaram às salas de aula, mas decisões judiciais atrasaram o cronograma.
Resiliência foi a palavra de ordem usada pela gestora da Gerência Regional de Ensino (GRE) em Petrolina, Anete Ferraz, preocupada com o não comparecimento dos alunos às atividades presenciais. Na oportunidade, ela tranquilizou os pais e responsáveis ao retorno das atividades. “A escola é um lugar seguro, cuidaremos dos seu filhos”, pontuou.
“Dizer aos estudantes, aos pais, às famílias de um modo em geral de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Petrolina, Orocó e Cabrobó que as aulas retornam normalmente. Desde o dia 18 de março que o estado de Pernambuco já trabalhava junto com a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação sobre o coronavírus. Portanto, em Petrolina, no início de março com o slogan, “Xô coronavírus, aqui você não entra”, fizemos uma movimentação, e a partir de então, tivemos um trabalho de conscientização uma semana inteira, já prevenindo essa situação”, contou a professora Anete Ferraz.
Chegada do vírus
“Depois o vírus chega, a gente começa um trabalho remoto nas escolas. Em seguida, o estado estuda, analisa e suspende as aulas. Com isso, o serviço na criação de plataformas, garantiu na verdade para os estudantes que tivessem acesso a internet, uma aprendizagem na plataforma na Educa–PE – Plataforma de apoio digital à educação não presencial em Pernambuco onde alunos e professores se adequaram. Claro que a metodologia virtual ganhou espaços entre ambos. As ferramentas tecnológicas sempre existiram, sempre foram a favor da educação e fortaleceu a notoriedade dentro das escolas”, contou Ferraz.
Sobre registro de casos de alunos com covid-19 nas escolas, Anete tranquilizou a população. “Não tem lugar mais seguro do que as escolas hoje. Consequentemente, as instituições estão muito organizadas e seguras. Com isso, a gente pede as visitas dos pais e responsáveis. Está sendo mantido o distanciamento de um metro e meio, a demarcação do chão, máscaras para estudantes e profissionais da educação, inclusive os terceirizados, bem como os termômetros para aferir a temperatura corporal, viseiras de acrílico para professor. Além disso, todo o material é disponibilizado pelo governo do estado. Toda sexta-feira a gente sabe quem tem sintoma ou não da doença na escola”, reforçou.
Avaliação
“Somos referência nacional, somos quem mais aprova. Todavia a gente continua com o número pequeno presencial de alunos, entendemos que é uma adequação, mas o aluno tem que estar na sala de aula. Teremos uma reunião com o Ministério da Educação para ajudar a conquistar o aluno para voltar remoto ou presencial.O ano não está perdido. Os alunos do 3° ano vão terminar esse ano, pois vão fazer o Enem”, relatou a gestora de Gerências Regionais de Educação (GRE) do Sertão do São Francisco.
(Por: Iara Bispo/ Nossa Voz)