André de Paula faz compromisso com geração de emprego e diz que Teresa Leitão defende um governo de fome e desemprego

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Adentrando a reta final da cobertura das campanhas eleitorais, o Nossa Voz entrevistou na manhã desta segunda-feira (19) o candidato ao Senado pelo PSD, André de Paula. O postulante reconheceu a importância do espaço concedido no auxílio aos eleitores que seguem indecisos quanto à escolha do representante pernambucano na Casa Alta.

Em resposta à primeira pergunta, sobre sua análise das pesquisas de opinião de voto onde está empatado tecnicamente com os candidatos Guilherme Coelho (PSDB) e Gilson Machado (PL), André confirma acreditar nos números divulgados.

Entretanto, ele também aponta que trata-se de retrato do momento e por isso não faz sua campanha baseado nesses números. O candidato ainda acredita que o bom posicionamento da aliada, Marília Arraes, na disputa pelo governo do estado deve alavancar seu posicionamento, levando-o à vitória. 

“Há um histórico em Pernambuco que aponta que todos os candidatos a governador que tiveram sucesso, que ganharam a eleição, que tiveram sucesso no primeiro turno, levaram consigo os seus senadores Isso só não ocorreu uma única vez quando o governador Miguel Arraes, numa eleição em que se renovou 2/3 do Senado, duas cadeiras, dois senadores, o governador Miguel Arraes não fez os dois. Fez um, que foi Roberto Freire e a oposição fez o outro, que foi Carlos Wilson. (…) Fora isso, sempre que um governador se elegeu, ele elegeu o senador. O voto do senador tem algumas características e a mais clara delas é que este é o último voto que o eleitor decide. Ele, quando consolida o voto de governador e parar para pensar em quem vai votar para senador”, argumentou. 

Deputado federal por seis mandatos, André também discorreu sobre posicionamentos na Câmara federal, onde foi favorável à reforma trabalhista e ao teto de gastos. Ciente de que o candidato a presidente que conta com seu apoio, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, defende a reformulação da reforma e a revogação do teto de gastos, ele afirmou que havia o entendimento sobre a necessidade da adoção das medidas na época. 

“Você deve se lembrar que o presidente Lula, quando começou a apresentar sua proposta de governo, falou num dia, de forma muito afirmativa, que iria promover um revogaço. Ia revogar a reforma trabalhista, torná-la sem efeito. A candidata de Paulo Câmara [ao Senado, Teresa Leitão], inclusive de imediato, partiu na frente e disse que faria parte deste revogaço. Achei estranho porque acho que a reforma trabalhista avançou em muitos pontos e foi importante sim. Todo presidente na hora em que senta na cadeira e precisa governar, precisa ter coragem de promover reformas, de modernizar a economia, de assegurar o melhor ambiente de negócios, de fazer com que o nosso país seja atraente para o investimento. Porque a política social mais importante que existe é, sem dúvida nenhuma, o emprego. (…) Tanto que o presidente Lula percebeu a impropriedade desse ‘revogaço’, que no dia seguinte, com muita humildade e de cima da experiência de quem já governou com sucesso o Brasil por duas vezes, voltou atrás e reparou o que havia dito”,  apontou, reforçando a disposição para a trabalhar em prol dessa reformulação.
 
Sobre o orçamento secreto, o candidato a senador assegurou ser “contra a possibilidade que um deputado, que é o relator do orçamento, possa ter o poder de discriminar quem vai e quem não vai receber verbas extras”. “Então eu sou contra aquilo que se chamou, porque já não existe mais, de orçamento secreto”, cravou. Ele ainda rebateu as críticas de Danilo Cabral à sua aliada, Marília Arraes, sobre a indicação de recursos através deste sistema e relembrou aliados do candidato do PSB que receberam verbas desta mesma fonte de custeio. “Nós sabemos que a prefeita Marcia Conrado, se Serra Talhada, recebeu muito dinheiro dessas emendas. E ela é do PT. O prefeito de Recife, João Campos, cadastrou emendas e recebeu recursos, e ele é do PSB. A prefeita Ana Célia, de Surubim, que é prima do candidato Danilo Cabral, cadastrou emendas e recebeu recursos deste dito orçamento secreto. O deputado Carlos Veras, o deputado Tadeu Alencar, o deputado Milton Coelho”, listou.

André de Paula, ainda durante a entrevista, confirmou ser favorável a continuidade do Auxílio Brasil, reforçou sua disposição em fiscalizar e atuar no combate à corrupção, independente de um eventual governo aliado e lamentou o erro no Congresso Nacional ao não indicar a fonte de custeio para viabilização do piso nacional da enfermagem, suspenso por 60 dias pelo Supremo Tribunal Federal. 

E reafirmou que Teresa Leitão (PT) é a candidata de Paulo Câmara (PSB), assegurando que tal afirmativa tem o aval do Tribunal Regional Eleitoral, que negou ao postulante ao Senado a retirada dessa classificação junto à propaganda eleitoral no rádio e TV. “Qual é o governo que Danilo Cabral e Teresa Leitão querem fazer avançar, seguir, perpetuar? Não é o que está aí? Quem é o candidato de Paulo Câmara? Você tem dúvida, em relação a Danilo Cabral? Quem é a senadora de Paulo Câmara? Você tem alguma dúvida? Tanto isso é claro, que a Justiça fez com que agora seja oficial. Agora é oficial: Teresa Leitão é a candidata de Paulo Câmara. A Justiça indeferiu o pedido dela e garantiu que todos os candidatos esclarecessem à população e dissessem a verdade. Teresa Leitão é a candidata de Paulo Câmara. Teresa Leitão e Danilo Cabral defendem a continuação do Pernambuco que nós temos hoje com todos esses gargalos, todos esses problemas, com fome, com desemprego, com a informalidade. Nós temos a segunda pior taxa de desemprego do país e dos que estão empregados, 48.9, ou seja, a maior taxa de informalidade. É isso que está aí, é isso que Teresa Leitão defende”.