O projeto que libera cesárea no sistema público a pedido da gestante (entenda aqui e aqui) levantou um debate sobre inúmeras questões relacionadas ao parto. E uma das mais relevantes é a segurança de mãe e filho durante o procedimento.
A partir de registros de mortalidade materna fornecidos pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foi feito um levantamento sobre os índices de mortalidade materna da Bahia aponta que em média, nos últimos 10 anos, 12 mulheres morreram por mês enquanto davam à luz em um hospital da Bahia.
De 2009 até o ano passado o número de mortes de mães durante os partos foi de 1.475, uma média de 147 por ano. O ano em que o maior número de casos foi registrado foi 2009, com 200 óbitos maternos. Já 2018 foi o ano com o menor número nos últimos dez anos, em que 105 casos foram contabilizados. Neste ano, até o mês de abril, 29 mulheres morreram trazendo seus filhos ao mundo na Bahia.
A Secretaria de Saúde não soube especificar em que tipo de circunstâncias os casos ocorreram, assim como o tipo de parto, se cesária ou vaginal. Entretanto, a pasta contabiliza o número de mulheres que morreram por gravidez que terminou em aborto no estado: foram 26 nos últimos dois anos, dois deles em 2019. Esse número inclui gravidez ectópica, complicação da gravidez em que o embrião se forma fora do útero; mola hidatiforme, tumor benigno que se desenvolve no útero como resultado de uma gestação não viável; além de outros produtos anormais da concepção, aborto espontâneo e aborto não especificado. (com informações Bahia Notícias)